sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Visibilidade da igreja ou de Cristo?

Olá amigos,

Como de praxe, ao chegar no meu serviço na Universidade Federal do Tocantins, abro minha caixa de emails, as redes sociais nas quais 'navego' (muito por conta do próprio serviço) e me deparo com a imagem-frase abaixo:


Pus-me a matutar sobre o texto e, rapidamente, abri meu arquivo de sites favoritos - que vai de bandas de rock pesado a teologias cristã e islâmica, passando por outros de discussão jornalística, de comunicação, semiologia, psicologia, antropologia e história (coisas que amo ler e debater sobre) - para tentar tecer uma linha de raciocínio sobre o que a frase me provocou e o que há dito de interessante neles sobre o assunto.

A frase remeteu-em à uma notícia recente da construção de uma megaigreja católica que o sacerdote desta religião, Marcelo Rossi, está a comandar em São Paulo. Também, linkado (ligado) a esta notícia, outra de que o pastor evangélico Silas Malafaia pretende erguer megaigrejas no mesmo estado. Em um hiperlink correlato leio que a militância gay evangélica americana (parece-se uma grande antítese isto) tenta diálogar com megaigrejas quanto às opiniões cristãs sobre o homossexualismo.

É algo muito enfronhado em mim - não gosto muito de igreja grande! Parece que a comunhão fica prejudicada, você acaba não interagindo com todo mundo e, daí, cria-se uma comunidade de conhecidos, não de irmãos! (é meu pensamento!). O que o texto me trouxe de reflexão é que quando a preocupação com a pregação da Palavra de Deus passa a ser menor que a gerada pela administração da igreja, esta perdeu o seu foco principal!

A preocupação em "servir" os crentes ('clientes'?) com a melhor iluminação, o melhor som, a melhor temperatura do ar condicionado, os melhores cânticos, a melhor palavra (principalmente a que não deixa o 'cliente' desgostado ou incomodado com sua vida, principalmente) tem se tornado uma premissa perigosa em nossos dias. Não que tudo isso não seja importante, mas não pode ser maior que a vontade de levar Jesus Cristo a pessoas que não O conhecem! Nosso 'serviço' enquanto servos e propagadores da Palavra de Deus não deveria ser, tão somente, com o quanto a nossa vida reflete a de Cristo? Isto, por sí apenas, nos impediria de ficar sentados domingo após domingo ouvindo sermões mornos e que não geram mudança alguma na vida!

Gosto muito de citar na classe de adolescentes, onde compartilhamos os ensinamentos da Bíblia na Escola Bíblica Dominical, o texto de Mateus 28:19 e 20 (Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém - http://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/28). Insto para que eles preocupem-se em viver a Palavra, e não apenas se 'vestir' dela em determinadas ocasiões.

A preocupação exacerbada com a visibilidade da igreja - enquanto entidade civil, humana, falha, às vezes de visão míope e mesmo antropocêntrica (algumas personalistas mesmo!) - não reflete sua verdadeira missão! O caráter da igreja é missiológico - ou seja - a razão da igreja é missões, e não em acomodar (bem) o máximo de pessoas possível e prover a elas 'experiências' emocionais e desprovidas (muitas vezes) de qualquer ligação com o verdadeiro significado de ser cristão!

Deixo abaixo alguns links que podem nos auxiliar a pensar um pouco mais sobre esta verdadeira sanha pelo crescimento a qualquer custo! Estou aberto a críticas e também a outros comentários que, devidamente autorizados, poderão ser postados aqui, à guisa de um fórum para discussões a respeito.

Meus amplexos a vocês!

Seguem os links (há outros mais):

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