Como de praxe, ao chegar no meu serviço na Universidade Federal do Tocantins, abro minha caixa de emails, as redes sociais nas quais 'navego' (muito por conta do próprio serviço) e me deparo com a imagem-frase abaixo:
Pus-me a matutar sobre o texto e, rapidamente, abri meu arquivo de sites favoritos - que vai de bandas de rock pesado a teologias cristã e islâmica, passando por outros de discussão jornalística, de comunicação, semiologia, psicologia, antropologia e história (coisas que amo ler e debater sobre) - para tentar tecer uma linha de raciocínio sobre o que a frase me provocou e o que há dito de interessante neles sobre o assunto.
A frase remeteu-em à uma notícia recente da construção de uma megaigreja católica que o sacerdote desta religião, Marcelo Rossi, está a comandar em São Paulo. Também, linkado (ligado) a esta notícia, outra de que o pastor evangélico Silas Malafaia pretende erguer megaigrejas no mesmo estado. Em um hiperlink correlato leio que a militância gay evangélica americana (parece-se uma grande antítese isto) tenta diálogar com megaigrejas quanto às opiniões cristãs sobre o homossexualismo.
É algo muito enfronhado em mim - não gosto muito de igreja grande! Parece que a comunhão fica prejudicada, você acaba não interagindo com todo mundo e, daí, cria-se uma comunidade de conhecidos, não de irmãos! (é meu pensamento!). O que o texto me trouxe de reflexão é que quando a preocupação com a pregação da Palavra de Deus passa a ser menor que a gerada pela administração da igreja, esta perdeu o seu foco principal!
A preocupação em "servir" os crentes ('clientes'?) com a melhor iluminação, o melhor som, a melhor temperatura do ar condicionado, os melhores cânticos, a melhor palavra (principalmente a que não deixa o 'cliente' desgostado ou incomodado com sua vida, principalmente) tem se tornado uma premissa perigosa em nossos dias. Não que tudo isso não seja importante, mas não pode ser maior que a vontade de levar Jesus Cristo a pessoas que não O conhecem! Nosso 'serviço' enquanto servos e propagadores da Palavra de Deus não deveria ser, tão somente, com o quanto a nossa vida reflete a de Cristo? Isto, por sí apenas, nos impediria de ficar sentados domingo após domingo ouvindo sermões mornos e que não geram mudança alguma na vida!
Gosto muito de citar na classe de adolescentes, onde compartilhamos os ensinamentos da Bíblia na Escola Bíblica Dominical, o texto de Mateus 28:19 e 20 (Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém - http://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/28). Insto para que eles preocupem-se em viver a Palavra, e não apenas se 'vestir' dela em determinadas ocasiões.
A preocupação exacerbada com a visibilidade da igreja - enquanto entidade civil, humana, falha, às vezes de visão míope e mesmo antropocêntrica (algumas personalistas mesmo!) - não reflete sua verdadeira missão! O caráter da igreja é missiológico - ou seja - a razão da igreja é missões, e não em acomodar (bem) o máximo de pessoas possível e prover a elas 'experiências' emocionais e desprovidas (muitas vezes) de qualquer ligação com o verdadeiro significado de ser cristão!
Deixo abaixo alguns links que podem nos auxiliar a pensar um pouco mais sobre esta verdadeira sanha pelo crescimento a qualquer custo! Estou aberto a críticas e também a outros comentários que, devidamente autorizados, poderão ser postados aqui, à guisa de um fórum para discussões a respeito.
Meus amplexos a vocês!
Seguem os links (há outros mais):
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