quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Não quero ser apóstolo!

Um ótimo artigo do pastor Ricardo Gondim.

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Não quero ser apóstolo!

Pr. Ricardo Gondim

Os pastores possuem um fino senso de humor. Muitas vezes, reúnem-se e contam casos folclóricos, descrevem tipos pitorescos e narram suas próprias gafes. Riem de si mesmos e procuram extravasar na gargalhada as tensões que pesam sobre os seus ombros. Ultimamente, fazem-se piadas dos títulos que os líderes estão conferindo a si próprios. É que está havendo uma certa, digamos, volúpia em pastores se promoverem a bispos e apóstolos. Numa reunião, diz a anedota, um perguntou ao outro: "Você já é apóstolo?" O outro teria respondido: "Não, e nem quero. Meu desejo agora é ser 'semi-deus'. Apóstolo agora está virando arroz de festa e meu ministério é tão especial que somente este título cabe a mim". Um outro chiste que corre entre os pastores é que se no livro do Apocalipse o anjo da igreja é um pastor, logo, aquele que desenvolve um ministério apostólico seria um "arcanjo".

Já decidi! Não quero ser apóstolo! O pouco que conheço sobre mim mesmo faz-me admitir, sem falsa humildade, que não eu teria condições espirituais de ser um deles. Além disso, não quero que minha ambição por sucesso ou prestígio, que é pecado, se transforme em choça.

Admito que os apóstolos constam entre os cinco ministérios locais descritos pelo apóstolo Paulo em Efésios 4.11. Não há como negar que os apóstolos foram estabelecidos por Deus em primeiro lugar, antes dos profetas, mestres, operadores de milagres, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Mas, resigno-me contente à minha simples posição de pastor. Já que nem todos são apóstolos, nem todos profetas, nem todos mestres ou operadores de milagres, como consta na epístola aos Coríntios 12.29, parece não haver demérito em ser um mero obreiro. Meus parcos conhecimentos do grego não me permitem grandes aventuras léxicas. Mas qualquer dicionário teológico serve para ajudar a entender o sentido neotestamentário do verbete "apóstolo" ou "apostolado". Usemos a Enciclopédia Histórico-Teológico da Igreja Cristã, das Edições Vida Nova: "O uso bíblico do termo "apóstolo" é quase inteiramente limitado ao NT, onde ocorre setenta e nove vezes; dez vezes nos evangelhos, vinte e oito em Atos, trinta e oito nas epístolas e três no Apocalipse. Nossa palavra em Português, é uma transliteração da palavra grega apostolos, que é derivada de apostellein, enviar. Embora várias palavras com o significado de enviar sejam usadas no NT, expressando idéias como despachar, soltar, ou mandar embora, apostellein enfatiza os elementos da comissão – a autoridade de quem envia e a responsabilidade diante deste. Portanto, a rigor, um apóstolo é alguém enviado numa missão específica, na qual age com plena autoridade em favor de quem o enviou, e que presta contas a este".

Jesus foi chamado de apóstolo em Hebreus 3.1. Ele falava os oráculos de Deus. Os doze discípulos mais próximos de Jesus, também receberam esse título. O número de apóstolos parecia fixo, porque fazia um paralelismo com as doze tribos de Israel. Jesus se referia a apenas doze tronos na era vindoura (Mateus 19.28; cf Ap 21.14). Depois da queda de Judas, e para que se cumprisse uma profecia, ao que parece, a igreja sentiu-se obrigada, no primeiro capítulo de Atos, a preencher esse número. Mas na história da igreja, não se tem conhecimento de esforços para selecionar novos apóstolos para suceder àqueles que morreram (Atos12.2). As exigências para que alguém se qualificasse ao apostolado, com o passar do tempo, não podiam mais se cumprir: "É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição" (Atos 2.21-22). Portanto, alguns dos melhores exegetas do Novo Testamento concordam que as listas ministeriais de I Coríntios 12 e Efésios 4 referem-se exclusivamente aos primeiros e não a novos apóstolo.

Há, entretanto, a peculiaridade do apostolado de Paulo. Uma exceção que confirma a regra. Na defesa de seu apostolado em I Coríntios 15.9, ele afirmou que foi testemunha da ressurreição (vira o Senhor na estrada de Damasco), mas reconhecia que era um abortivo (nascido fora de tempo). "Porque sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus" (15.10). O testemunho de mais de dois mil anos de história é que os apóstolos foram somente aqueles doze homens que andaram com Jesus e foram comissionados por ele para serem as colunas da igreja, comunidade espiritual de Deus.

O que preocupa nos apóstolos pós-modernos é ainda mais grave. Tem a ver com a nossa natureza que cobiça o poder, que se encanta com títulos e que fez do sucesso uma filosofia ministerial. Há uma corrida frenética acontecendo nas igrejas de quem é o maior, quem está na vanguarda da revelação do Espírito Santo e quem ostenta a unção mais eficaz. Tanto que os que se afoitam ao título de apóstolo são os líderes de ministérios de grande visibilidade e que conseguem mobilizar enormes multidões. Possuem um perfil carismático, sabem lidar com massas e, infelizmente, são ricos.

Não quero ser um apóstolo porque não desejo a vanguarda da revelação. Desejo ser fiel ao leito principal do cristianismo histórico. Não quero uma nova revelação que tenha sido desapercebida de Paulo, Pedro, Tiago ou Judas.

Não quero ser apóstolo porque não quero me distanciar dos pastores simples, dos missionários sem glamour, das mulheres que oram nos círculos de oração e dos santos homens que me precederam e que não conheceram as tentações dos mega eventos, do culto espetáculo e da vã-glória da fama.

Não quero ser apóstolo, porque não acho que precisemos de títulos para fazer a obra de Deus, especialmente quando eles nos conferem estatus. Aliás, estou disposto, inclusive a abrir mão de ser chamado, pastor, se isso representar uma graduação e não uma vocação ao serviço. Não desdenho as pessoas, sinto apenas um enorme pesar em perceber que a ambiência evangélica conspira para que homens de Deus sintam-se tão atraídos a ostentação de títulos, cargos e posições. Embriagados com a exuberância de suas próprias palavras, crentes que são especiais, aceitam os aplausos que vêm dos homens e se esquecem que não foi esse o espírito que norteou o ministério de Jesus de Nazaré. Ele nos ensinou a não cobiçar títulos e a não aceitar as lisonjas humanas. Quando um jovem rico o saudou com um "Bom Mestre", rejeitou a interpelação: "Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus" (Mc 10.17-18). A mãe de Tiago e João pediu um lugar especial para os seus filhos. Jesus aproveitou o mal estar causado, para ensinar: "Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos" (Mateus 20.25-28).

Os pastores estão se esquecendo do principal. Não fomos chamados para termos ministérios bem sucedidos, mas para continuarmos o ministério de Jesus, amigo dos pecadores, compassivo com os pobres e identificado com as dores das viúvas e dos órfãos. Ser pastor não é acumular conquistas acadêmicas, não é conhecer políticos poderosos, não é ser um gerente de grandes empresas religiosas, não é pertencer aos altos graus das hierarquias religiosas. Pastorear é conhecer e vivenciar a intimidade de Deus com integridade. Pastorear é caminhar ao lado da família que acaba de enterrar um filho prematuramente e que precisa experimentar o consolo do Espírito Santo. Pastorear é ser fiel a todo o conselho de Deus; é ensinar ao povo a meditar na Palavra de Deus. Ser pastor é amar os perdidos com o mesmo amor com que Deus os ama.

Pastores, não queiram ser apóstolos, mas busquem o secreto da oração. Não ambicionem ter mega igrejas, busquem ser achados despenseiros fieis dos mistérios de Deus. Não se encantem com o brilho deste mundo, busquem ser apenas serviçais. Não alicercem seus ministérios sobre o ineditismo, busquem manejar bem a palavra da verdade; aquela mesma que Timóteo ouviu de Paulo e que deveria transmitir a homens fieis e idôneos que por sua vez instruiriam a outros. Pastores, não permitam que os seus cultos se transformem em shows. Não alimentem a natureza terrena e pecaminosa das pessoas, preguem a mensagem do Calvário.

Santo Agostinho afirmou: "O orgulho transformou anjos em demônios". Se quisermos nos parecer com Jesus, sigamos o conselho de Paulo aos filipenses: "Tende o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz" (2.5-8).

Soli Deo Gloria

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Igrejas se mobilizam para a construção do novo Lar Batista F.F Soren

Missões Nacionais está lançando a campanha Construtores do Futuro, cujo objetivo é levantar recursos para as obras do novo LBFFS. Com terreno de 4 hectares já adquirido, espera-se que, até o fim de 2009, a transferência para Palmas, TO, seja concluída. O projeto do novo lar, que está sendo desenvolvido voluntariamente pela empresa RD Engenharia e Comércio LTDA., prevê o atendimento inicial de 70 crianças, estas distribuídas em 6 casas-lares. Haverá ainda uma casa para os diretores, quadra poliesportiva, parque infantil, espaço integrado - refeitório, cozinha, cantina e administração - e um espaço multiuso, onde funcionarão a biblioteca, sala de música, sala de jogos, oficinas de artesanato e pintura, oficinas de informática, cursos profissionalizantes, entre outros.

Além do apoio financeiro, o Construtores do Futuro deseja contar com a ação voluntária de profissionais da área de construção civil, tais como marceneiros, pedreiros, carpinteiros, serralheiros, pintores, mestres-de-obras, engenheiros, arquitetos, decoradores, eletricistas, etc. Embora alguns já tenham o costume de doar parte de seu talento em viagens missionárias e pequenos consertos nos lares, queremos tê-los como parceiros cadastrados a fim de que, no momento certo, possamos contar com uma força-tarefa.

Muitas igrejas já estão engajadas nesta proposta, incluindo frentes nossas frentes missionárias. A Primeira Igreja Batista Missionária em Barra da Estiva, BA, realizou, no último sábado (24/01), um culto especial com crianças e adolescentes cujo fim foi orar e arrecadar fundos para o lar. Segundo a missionária Alessandra Azevedo, a idéia final é mobilizar todos os membros da frente missionária a estarem contribuindo com qualquer quantia em prol da construção. A menina Raquel Azevedo, de apenas 6 anos, vestiu a camisa da campanha e convoca a todos os amiguinhos a participar: "precisamos nos unir para ajudar as crianças necessitadas".

Por meio de uma oferta voluntária ou doando seu talento como profissional, você estará contribuindo para a realização do novo LBFFS. Se este programa atende suas expectativas de contribuição com a obra missionária, entre em contato com Missões Nacionais pelo telefone
(21) 2107-1818 ou pelo email falecom@missoesnacionais.org.br e junte-se a nós.

Fonte: http://www.jmn.org.br/noticias.asp?codNoticia=610

Guerra dos Sexos - Ministério Pastoral Feminino

Por Pr. José Miguel M. Aguilera

Já faz algumas décadas que as mulheres começaram a ganhar o seu espaço. Saíram do território ao qual estavam relegadas e iniciaram a sua caminhada de ocupar os lugares que até um tempo atrás estavam reservados aos homens. Espaços tais como: direito ao trabalho, à liberdade do sufrágio, chefia liderança política, cargos executivos como os de primeiro ministro, presidente da república, etc.

Todavia, no meio denominacional batista, as mulheres ainda lutam para ocupar o seu espaço em nível de ministério pastoral. As mulheres batistas têm conduzidos associações, convenções estaduais e têm ocupado a presidência convencional e as diversas instâncias da liderança denominacional, mas ainda lutam pela sua aceitação em termos de reconhecimento do ministério pastoral feminino. Embora este já tenha sido reconhecido por quase uma centena de igrejas batistas que ordenaram suas pastoras entregando-as à denominação batista brasileira, as pastoras batistas almejam seu ingresso na Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - OPBB, mesmo que, no ano de 2008, a OPBB já tenha negado o seu ingresso no dito grêmio. Mesmo com as portas (ainda) fechadas, elas continuam a sua luta de ingresso nesta ordem.

Os argumentos bíblicos pró ou antipastoras são disponibilizados e discutidos por ambos os lados, mas o impasse é iminente. A pergunta que se levanta é: “É possível que dois grupos que estudam o mesmo texto sagrado mantenham posições diametralmente opostas?” Entende-se que tal divergência vai além de uma questão hermenêutica. É um problema histórico, ideológico-teológico que sobrepuja as regras de interpretação. A OPBB tem em sua formação, pressupostos e conceitos cristalizados, que sua liderança e membros almejam manter. Pode-se entender esta postura, mas ela também pode ser estudada e até questionada num contexto maior da interdisciplinaridade.

Algumas questões podem ser levantadas para entender este impasse:

1. Entende-se que a ideologia tem como objetivo encobrir as divisões existentes. Essas divisões são maquiadas por aqueles que têm o poder de direção do grupo. O aparecimento do pastorado feminino tende a indicar uma certa insegurança que o chamado sexo forte parece apresentar diante do crescimento pastoral feminino. O espaço começa a diminuir e o poder pastoral masculino tem a sua contestação. Até agora a figura masculina e sacerdotal do pastor, que existia e ainda existe no imaginário dos membros das igrejas, sofre um desgaste de poder. O comando exercido pelos homens perde o seu espaço por um grupo social que sempre esteve à disposição do ministério pastoral e subordinado a este. Isso gera uma crise que deve ser entendida como a oportunidade de nova caminhada. Grande parte do meio batista ainda não consegue desassociar a figura de poder, de comando, da figura masculina. Ainda o mito do poder está na masculinidade. A conhecida objetividade masculina, ainda reina na concepção leiga que está relacionada ao comando ministerial pastoral. O sucesso eclesial das igrejas locais ainda está ligado ao sacerdócio veterotestamentário.

2. O “espírito histórico” precisa ser compreendido. É necessário manter a tradição e não o tradicionalismo. O espírito dos implantadores do protestantismo no Brasil trouxe uma mensagem de mudanças e não de mordaças. Os pioneiros batistas brasileiros participaram das mudanças estruturais do Brasil. Pode-se discordar de alguns posicionamentos teológicos destes pioneiros, mas não se pode negar o papel fundamental das mudanças no mundo social, religioso, político, cultural que a implantação protestante impôs. Eles ajudaram a mudar as estruturas políticas e sociais do país. Mesmo sabendo que o texto bíblico ensinava que “Toda autoridade é dada por Deus”, entenderam que havia a necessidade de mudança de autoridade. Eles entenderam que ser conservador não era conserva-dor. A libertação de preconceitos estruturais que afligiam a nação precisava acontecer. Era preciso trazer as mudanças que continham as marcas do Reino de Deus e traziam a graça divina a nação. Entendiam que Deus fazia chover sobre justos e injustos. A graça comum era para todos. Esta era a dinâmica da história. Trazer mudanças que beneficiem as pessoas. As estruturas estavam ao serviço do ser humano e não vice versa. Era o exemplo de Jesus.

Portanto, hoje, o mesmo espírito deve ser invocado quando pensamos no ministério pastoral feminino.

3. Existe uma visão ministerial baseada numa compreensão mono cultural-religiosa da vida cristã. O mundo objetivo dos homens não permite a força da subjetividade feminina. Não se entende que o homem não possui subjetividade ou a mulher não tenha objetividade, mas hodiernamente, é reconhecido que a intuição feminina é uma marca peculiar das mulheres. Nas últimas décadas a intuição tem sido confirmada como fonte de conhecimento e ação.

O monoculturalismo religioso que marca a teologia batista tem sido questionado nas últimas décadas. O clímax deste questionamento acontece atualmente com o surgimento do ministério pastoral feminino. Embora incipientemente, começou a ser entendido que a mulher também sabe liderar, fazer teologia e agora pastorear. A vida, a teologia, o poder, a autoridade precisam ser entendidos dentro da “cultura feminina” para que a compreensão do evangelho da graça de Deus e o entendimento da “imagem e semelhança de Deus” no ser humano estejam completos. Isso não é liberação feminina, mas expressão da graça. É o entendimento do complexo mundo do poder. Ele possui objetividade e subjetividade. Ele é feminino e masculino. O poder não é comandar, é influenciar.

4. O impedimento ao ministério feminino pastoral tem raízes históricas eclesiásticas. Os pioneiros batistas que chegaram ao Brasil traziam no seu bojo teológico eclesiológico as marcas do landmarkismo. Esta linha de pensamento reconhecia como pastores ou ministros da palavra somente aqueles que tinham sido batizados e ordenados por outros pastores batistas. Desta forma criava-se uma “sucessão pastoral” que preservava a “sã doutrina” dos batistas. No conceito doutrinário do movimento, igrejas que não possuíam esta marca “sucessória” não eram consideradas igrejas de Cristo e a linha sucessória pastoral é masculina. Outras denominações evangélicas já tinham nos seus quadros líderes do sexo feminino. Pregadores que não se enquadravam nesta marca não eram convidados a usar os púlpitos batistas ou participarem da Ceia do Senhor.

5. O quinto questionamento que deve ser levantado pode ser chamado de “crise sacramental”. Deve-se perguntar: O pastorado é um sacramento? Diante do fato que a mulher pode exercitar todas as áreas dos ministérios eclesiais, por que ela não poderia ser ordenada ao ministério pastoral? Qual é o significado da “oração consagratória”; quando alguns “pastores homens” impõem as mãos sobre outro homem? Existe uma “transmissão de poder”? Estaria inserida nesta oração a idéia metafísica de que “algo acontece no céu”? Teologicamente, existiria o pensamento que existe é que coisas acontecem no chamado “mundo espiritual” que devem ser concretizadas na terra?

Existem ainda outros pontos que podem ser levantados. No momento a denominação batista, com mais de um século no Brasil, deve despertar o pioneirismo dos seus missionários. Isso se faz analisando a história, o momento que se vive e acima de tudo, pelo fato de que o Espírito sopra onde quer, pois onde o Espírito do Senhor está, há liberdade.

O fenômeno do ministério pastoral feminino precisa ser estudado com maior afinco e com os recursos das ciências bíblicas e antropossociais para fazermos uma leitura do mundo contemporâneo. Não é viável cristalizar doutrinas de homens, práticas tradicionalistas, que inviabilizam a pregação do evangelho. Não se trata de uma guerra dos sexos, mas de um dialogo cristão acima do poder e sem preconceitos tanto dos homens e das mulheres. “... à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” Genesis:1:27

Roubo e estupro em Bangladesh

Pastor da igreja Batista teve esposa violentada e igreja profanada

Equipe de Jornalismo (ElNet News)

O pastor de uma igreja Batista na vila de Vennabari, a cerca de 100 Km ao sul de Dhaka, na Ásia, disse que, no início do mês de janeiro, muçulmanos o amarraram, roubaram seus quartos na igreja e estupraram sua mulher.

O reverendo Shankar Hazra, 55, da igreja Batista Chaksing, no distrito de Gopalganj, disse que antes de irem embora, os assaltantes profanaram o templo da igreja.

Na noite do ataque, o pastor e sua esposa, 45, foram ao banheiro fora da casa. “De repente, um homem aproximou-se vindo da escuridão e apontou um rifle caseiro no meu peito e me disse para ficar quieto, senão mataria nós dois”, contou o pastor. “Cerca de 7 ou 8 pessoas nos atacaram e amarraram. Eles colocaram uma venda em minha esposa e a levaram para dentro da casa”.

Enquanto o rev. Hazra estava amarrado a um pilar, os assaltantes pegaram as chaves dos cofres e roubaram artigos valiosos: joias de ouro e prata no valor de U$ 500, U$ 300 em dinheiro, celular, televisão, CD players, todas as roupas exceto seu manto e utensílios diversos.

“Eles roubaram até os vestidos de minhas filhas”, diz. “Depois de pegarem tudo, estupraram minha esposa” , garante o pastor.

Os assaltantes também perguntaram sobre o paradeiro das duas filhas do casal, que foram embora no dia anterior, depois de passarem o Natal e o Ano Novo com os pais. As meninas, de 22 e 20 anos, regressaram aos estudos em distritos separados.

“Se minhas filhas estivessem em casa naquela noite, teriam sido vítimas assim como a mãe”, diz o reverendo.

Depois que os assaltantes foram embora, o reverendo Hazra se desamarrou e encontrou sua esposa inconsciente na cama.

“Meus vizinhos vieram e levaram-na para o hospital mais próximo, e dali ela foi transferida para um hospital maior em Gopalganj, porque suas condições eram muito graves”, disse.

“Os assaltantes também arrombaram a porta da igreja, urinaram e defecaram lá”, acrescentou o reverendo Hazra.

Ele e sua esposa estão morando temporariamente com parentes para se protegerem de novos ataques à igreja.


Fonte: Missão Portas Abertas



UM POUCO MAIS SOBRE DHAKA

Dhaka é uma das divisões do Bangladesh. Sua capital e maior cidade é Dhaka.

A divisão de Dhaka tem como fronteiras, a norte o estado indiano de Meghalaya, a este as divisões de Sylhet e Chittagong, a sul as divisões de Barisal e Chittagong e a oeste as divisões de Rajshahi e Khulna. Os seus principais rios são: Arial Khan, Brahmaputra, Buriganga, Dhaleshwari, Jamuna, Meghna e Padma.

O Bangladesh (etimologicamente, A Nação Bengali; também conhecido pela forma portuguesa Bangladeche) é um país asiático rodeado quase por inteiro pela Índia, exceto a sueste, onde tem uma pequena fronteira terrestre com Myanmar, e a sul, onde tem litoral no Golfo de Bengala. A capital é Daca.

Fonte de pesquisa: Wikipédia

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Atriz Luiza Tomé, agora evangélica, declara que a fé salvou seu casamento

Atriz, que volta à TV em tributo a Machado, conta que a fé salvou seu casamento


Ela é inquieta, não pára um minuto. A atriz Luiza Tomé (45) é capaz de fazer tudo ao mesmo tempo. Cuida do marido, o empresário Adriano Facchini (44), com quem acaba de completar 15 anos de união, dos filhos Bruno (10), Luigi e Adriana (4), que ainda exigem muito a sua presença, e trabalha na Rede Record, onde tem contrato até 2010. Sua próxima aparição na TV será na adaptação de Os Óculos de Pedro Antão - parceria da emissora com a produtora Contém Conteúdo -, em homenagem ao centenário de morte do autor, Machado de Assis, que vai ao ar em 29 de dezembro. Dias antes de vestir o figurino de época da personagem Camila, Luiza descansou no Castelo de CARAS, em Tarrytown, New York. "Foi bacana me preparar para o trabalho.

Estava de férias desde dezembro de 2007, precisava voltar", disse ela, que atuará com Ana Cristina, Karen Marinho (17), Bruno Mello, Michel Bercovitch (42) e Roberto Pirillo. O especial conta ainda com roteiro de Cesar Mayko e produção de Aguinaldo di Fiori.

A vida glamourosa, no entanto, está longe de parecer anúncio de margarina, como a atriz faz questão de enfatizar. "É corrido. Quando gravo, me divido em mil", conta ela, que, apesar da rotina agitada, sente-se mais estruturada. Além da harmonia familiar e da satisfação profissional, Luiza descobriu uma nova religião. Há dois anos e meio, freqüenta, com o marido e os filhos, a Igreja Batista Palavra Viva. E, desde então, assegura que tudo mudou para melhor.

- O que aconteceu na sua rotina de vida depois que você virou evangélica?
- Muita coisa. A relação melhorou. Adriano era mais ciumento e isso incomodava. Ele aprendeu a perdoar, a não ter mágoa, coisas que só fazem mal. Eu o levei para a igreja e, no final, ele se apegou muito mais. Já fui católica, budista, kardecista. Mas agora me achei. O mundo precisa de fé. Não consigo viver sem Deus. Peco, sou pecadora, sim. Gosto de dançar, beber vinho, fumar meu cigarro. Mas tenho encontrado mais equilíbrio.

- Você e Adriano já superaram uma crise. Como foi?
- Tivemos uma grave quando já freqüentávamos a igreja, há cerca de um ano. É difícil ficar casada por quinze anos e não passar por uma crise ou outra. Quase acabamos, mas seguramos a onda, colocamos tudo na balança. Acho que vamos ter muitos problemas ainda, mas sinto que a cada dia que passa evoluímos na relação. Em um determinado ponto do casamento, a paixão vai embora e o que fica é o amor. Mas fazer o que lá fora? Viver uma aventura? Chegamos à conclusão de que não valia à pena deixar uma relação com três filhos se a gente ainda se amava.

- E as crianças, como reagiram a essa nova opção religiosa?
- Meus filhos são a minha vida. E eles adoram a igreja. É bom que as crianças cresçam com o sentimento de fé. O Luigi canta o hino de louvor durante o banho. É a coisa mais linda. Fico arrepiada só de ouvir. Ele é o que mais questiona e sempre tentamos esclarecer tudo da melhor maneira possível.

- Como você se sente com 45 anos de idade?
- Muito bem. Sou cuidadosa com meu corpo e minha pele, até porque tenho pânico de plástica.

- E como está o trabalho?
- Adoro a Record. Renovei meu contrato até 2010 e gravei o especial, que ficou lindo. Estou feliz de participar de um projeto em homenagem a Machado. Fiquei tão empolgada que já penso em produzir um de seus textos para o teatro.

Fonte: Revista Caras, via Pavablog