sexta-feira, 30 de março de 2012

O que a esquerda deveria aprender com os evangélicos


Ultimate Fighting Championship: Marx vs. Cristo


"As massas de homens que nunca são abandonadas pelos sentimentos religiosos
então nada mais vêem senão o desvio das crenças estabelecidas.
O institnto de outra vida as conduz sem dificuldades
ao pé dos altares e entrega seus corações aos preceitos
e às consolações da fé."
Alexis de Tocqueville, "A Democracia na América" (1830), p. 220.

No Brasil, um novo confronto, na forma como dado e cada vez mais evidente e violento, será o mais inútil de todos: o do esclarecimento político contra o obscurantismo religioso, principalmente o evangélico, pentecostal ou, mais precisamente, o neopentecostal. Lamento informar, mas na briga entre os dois barbudos – Marx e Cristo – fatalmente perderemos: o Nazareno triunfa. Por uma razão muito simples, as igrejas são o maior e mais eficiente espaço brasileiro de socialização e de simulação democrática. Nenhum partido político, nenhum governo, nenhum sindicato, nenhuma ONG e nenhuma associação de classe ou defesa das minorias tem competência e habilidade para reproduzir o modelo vitorioso de participação popular que se instalou em cada uma das dezenas de milhares de pequenas igrejas evangélicas, pentencostais e neopentecostais no Brasil. Eles ganharão qualquer disputa: são competentes, diferentemente de nós.

Muitos se assustam com o poder que os evangélicos alcançaram: a posse do senador Marcello Crivela, também bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, no Ministério da Pesca e a autoridade da chamada “bancada evangélica” no Câmara dos Deputados são dois dos mais recentes exemplos. Quem se impressiona não reconhece o que isso representa para um a cada cinco brasileiros, o número dos que professam a fé evangélica ou pentecostal no Brasil. Segundo a análise feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a partir dos microdados da Pesquisa de Orçamento Familiar 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a soma de evangélicos pentecostais e outras denominações evangélicas alcança 20,23% da população brasileira. Outros indicadores sustentam que em 1890 eles representavam 1% da população nacional; em 1960, 4,02%.

O crescimento dos evangélicos não é um milagre, é resultado de um trabalho incansável de aproximação do povo que tem sido negligenciado por décadas pelas classes mais progressistas brasileiras. Enquanto a esquerda, ainda na oposição política, entre a abertura democrática pós-ditadura e a vitória do primeiro governo popular no Brasil, apenas esbravejava, pastores e missionários evangélicos percorreram cada canto do país, instalaram-se nas regiões periféricas dos grandes centros urbanos, abriram suas portas para os rejeitados e ofereceram, em muitos momentos, não apenas o conforto espiritual, mas soluções materiais para as agruras do presente, por meio de uma rede comunitária de colaboração e apoio. O que teve fome e dificuldade, o desempregado, o doente, o sem-teto: todos eles, de alguma forma, encontraram conforto e solução por meio dos irmãos na fé. Enquanto isso, a esquerda tinha uma linda (e legítima) obsessão: “Fora ALCA!”.

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O crescimento dos evangélicos não é um milagre,
é resultado de um trabalho incansável
de aproximação com o povo

Desde Lutero, a fé como um ato de resistência (Life of Martin Luther and and the Heros of Reformation, litografia, 1874)

O mapa da religiosidade no Brasil revela nossa incompetência social: os evangélicos e pentecostais são mais numerosos entre mulheres (22,11% delas; homens, 18,25%), pretos, pardos e indígenas (24,86%, 20,85% e 23,84%, respectivamente), entre os menos instruídos (sem instrução ou até três anos de escolaridade: 19,80%; entre quatro e sete anos de instrução: 20,89% e de oito a onze anos: 21,71%) e na região norte do país, onde 26,13% da população declara-se evangélica ou pentecostal. O Acre, esse Estado que muitos acham que não existe, blague infantilmente repetida até mesmo por esclarecidos militantes de esquerda, tem 36,64% de evangélicos e pentecostais. É o Estado mais evangélico do país. Simples: a igreja falou aos corações e mentes daqueles com os quais a esquerda nunca verdadeiramente se importou, a não ser em suas dialéticas discussões revolucionárias de gabinete, universidade e assembleia.

O projeto de poder evangélico não é fortuito. Ele não nasceu com o governo Dilma Rousseff. Ele não é resultado de um afrouxamento ideológico do PT e nem significa, supõe-se, adesão religiosa dos quadros partidários. Ele é fruto de uma condição evangélica do país e de uma sistemática ação pela conquista do poder por vias democráticas, capitalizada por uma rede de colaboração financeira de ofertas e dízimos. Só não parece legítimo a quem está do lado de fora da igreja, porque, para cada um dos evangélicos e pentecostais, estar no poder é um direito. Eles não chegaram ao Congresso Nacional e, mais recentemente, ao Poder Executivo nacional por meio de um golpe. Se, por um lado, é lamentável que o uso da máquina governamental pode produzir intolerância e mistificação, por outro, acostumemo-nos, a presença deles ali faz parte da democracia. As mesmas regras políticas que permitiram um operário, retirante nordestino e sindicalista chegar ao poder são as que garantem nas vitória e posse de figuras conhecidas das igrejas evangélicas a câmaras de vereadores, prefeituras, governos de Estado, assembleias legislativas e Congresso Nacional. O lema “un homme, une voix” (“um homem, uma voz”) do revolucionário socialista L.A. Blanqui (1805-1881), “O Encarcerado”, tem disso.

Afora a legitimidade política – o método democrático e a representação popular não nos deixam mentir – a esquerda não conhece os evangélicos. A esquerda não frequentou as igrejas, a não ser nos indefectíveis cultos preparados como palanques para nossos candidatos demonstrarem respeito e apreço pelas denominações evangélicas em época de campanha, em troca de apoio dos crentes e de algumas imagens para a TV. A esquerda nunca dialogou com os evangélicos, nunca lhes apresentou seus planos, nunca lhes explicou sequer o valor que o Estado Laico tem, inclusive como garantia que poderão continuar assim, evangélicos ou como queiram, até o fim dos tempos. E agora muitos militantes, indignados com a presença deles no poder, os rechaçam com violência, como se isso resolvesse o problema fundamental que representam.

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A esquerda nunca dialogou com os evangélicos,
nunca lhes apresentou seus planos,
nunca lhes explicou sequer o valor do Estado Laico

George Whitefield (1714-1770) pregando nas colônias britânicas

Apenas quem foi evangélico sabe que a experiência da igreja não é puramente espiritual. E é nesse ponto que erramos como esquerda. A experiência da igreja envolve uma dimensão de resistência que é, de alguma forma, também política. O “não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito” (Paulo para os Romanos, capítulo 12, versículo 2) é uma palavra de ordem poderosa e, por que não, revolucionária, ainda que utilizada a partir de um ponto de vista conservador.

Em nenhuma organização política o homem comum terá protagonismo tão rápido quanto em uma igreja evangélica. O poder que se manifesta pela fé, a partir da suposta salvação da alma com o ato simples de “aceitar Jesus no coração como senhor e salvador”, segundo a expressão amplamente utilizada nos apelos de conversão, transforma o homem comum, que duas horas antes entrou pela porta da igreja imundo, em um irmão na fé, semelhante a todos os outros da congregação. Instantaneamente ele está apto a falar: dá-se o testemunho, relata-se a alegria e a emoção do resgate pago por Jesus na cruz. Entre os que estão sob Cristo, e são batizados por imersão, e recebem o ensino da palavra, e congregam da fé, não há diferenciação. Basta um pouco de tempo, ele pode se candidatar a obreiro. Com um pouco mais, torna-se elegível a presbítero, a diácono, a liderança do grupo de jovens ou de mulheres, a professor da escola dominical. Que outra organização social brasileira tem a flexibilidade de aceitação do outro e a capacidade de empoderamento tal qual se vêem nas pequenas e médias igrejas brasileiras, de Rio Branco, das cidades-satélite de Brasília, do Pará, de Salvador, de Carapicuíba, em São Paulo, ou Santa Cruz, no Rio de Janeiro? Nenhuma.

Se esqueçam dos megacultos paulistanos televisionados a partir da Av. João Dias, na Universal, ou da São João, do missionário R.R. Soares. Aquilo é Broadway. Estamos falando destas e outras denominações espalhadas em todo o território nacional, pequenas igrejas improvisadas em antigos comércios – as portas de enrolar revelam a velha vocação de uma loja, um supermercado, uma farmácia – reuniões de gente pobre com sua melhor roupa, pastores disponíveis ao diálogo, festas de aniversário e celebrações onde cada um leva seu prato para dividir com os irmãos. A menina que tem talento para ensinar, ensina. O irmão que tem uma van, presta serviços para o grupo (e recebe por isso). A mulher que trabalha como faxineira durante a semana é a diva gospel no culto de domingo à noite: canta e leva seus iguais ao júbilo espiritual com os hinos. A bíblia, palavra de ninguém menos que Deus, é lida, discutida, debatida. Milhares e milhares de evangélicos em todo o país foram alfabetizados nos programas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs) para simplesmente “ler a palavra”, como dizem. Raríssimo o analfabeto que tenha sido fisgado pela vontade ler “O Capital”, infelizmente. As esquerdas menosprezaram a experiência gregária das igrejas e permaneceram, nos últimos 30 anos, encasteladas em seus debates áridos sobre uma revolução teórica que nunca alcançou o coração do homem comum. Os pastores grassaram.

Fonte: Blog Sensho Posterous

terça-feira, 20 de março de 2012

Bíblia em Feltro

Olá amigos,

A minha mãe, missionária Raimunda Lima, tem um flanelógrafo (palavrantiga né?) à venda...

É excelente para Escolas Bíblicas de Férias e também para aulas de Escola Bíblica Dominical, principalmente com os pequenos...

O Flanelógrafo (ou Bíblia em Feltro) é novinho em folha, nunca foi usado e vem com suporte. Tem 70x98cm e é dobrável. Acompanham o painel mais de 500 figuras em feltro, juntamente com uma apostila com 156 histórias bíblicas e uma bolsas para guardar todo o material...

São sete cenários diferentes (Céu e Grama, Céu e Mar, Deserto, Interior de Casa/Templo/Palácio, Interior de Prisão, Vegetação à noite e Cidades nos tempos bíblicos). O
modelo é o mesmo da foto abaixo...

Os interessados devem contactar a missionária Raimunda Lima pelo telefone 63-8457-0352...



CDs da missionária Izaura Reis

Olá amigos,

A missionária Izaura Reis informa que ainda tem disponíveis CDs, de sua autoria, para venda.

Os interessados devem entrar em contato pelos telefones 63-8466-7674 ou 63-3439-1297.

Abaixo a imagem da capa do CD...

Adquira e ouça boa música...


quinta-feira, 8 de março de 2012

Moisés (TV AcaNpC)

Testemunho de Moisés no AcaNpC...



Fonte: Natal para Cristo (NpC)

quarta-feira, 7 de março de 2012

Crucifixos fora dos tribunais gaúchos...

Olá amigos

Valho-me do meu próprio espaço para tecer algumas considerações e divagações breves antes de expor o texto que dá nome a este post.
Primeiro, não costumo concordar muito com o que o articulista de Veja - Reinaldo Azevedo - escreve. Aprendi, com o tempo, a filtrar o que é escrivinhado nas páginas desta revista que, há algum tempo, perdeu a linha - repito, para mim...
Alguém poderia perguntar: - então o que o motiva a publicar em teu blog um texto que você mesmo pode desacreditar? Respondo: - o fato de descrer (ou desconfiar muito!) da maioria do que é escrito por este senhor, não retira dele a propriedade de, vez ou outra em seus textos, tocar o dedo em uma 'ferida' real, ou um assunto que mereça, no mínimo, a leitura, avaliação e reflexão (no sentido do ordenamento das ideias)...
Entendo que o Estado é laico e que esta laicidade deveria ser estendida mesmo para as repartições e órgãos a ele ligados. A Justiça deve(ria) ser desarraigada de simbologia religiosa - muito embora as pessoas, inclusive as que a compõem, o sejam...
Entretanto, o fato de o Estado 'precisar' ser laico, não o deveria levar ao outro extremo, o de completa ojeriza e combate às religiões, seus símbolos e manifestações... Aí teríamos perseguição e, creio, ser sob este mote (pelo menos foi esta minha leitura) do abaixo-citado articulista.
Esse é o tipo de assunto que ainda está sendo maturando nos meus alfarrábios mentais.
Me leva a pensar sobre o uso religioso de espaços públicos aqui bem perto de nós, como na Praça dos Girassóis ou a doação de lotes para igrejas evangélicas em Palmas (isso em áreas públicas? aparenta ação eleitoreira?)... É um assunto que merece reflexão, mesmo, inclusive dentro das próprias igrejas!

Fica, abaixo, o texto do articulista de Veja e, logo depois, o link para a notícia do TJ gaúcho com a medida... Boa leitura e discussão...

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/ Blogs e Colunistas

Blog // Reinaldo Azevedo
07/03/2012 às 7:01

Num momento em que o cristianismo é a religião mais perseguida do mundo, TJ do RS decide cassar e caçar os crucifixos. Os cristãos podem se preparar: vem uma onda por aí! Com o crucifixo, TJ expulsa também um pouco da Justiça!

Não sou gaúcho. Modestamente, apenas brasileiro. Fosse, estaria ainda mais envergonhado do que estou com a decisão tomada pelo Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), que acatou um pedido da Liga Brasileira de Lésbicas e de algumas outras entidades para que sejam retirados todos os crucifixos e outros símbolos religiosos das repartições da Justiça do Estado. Justificativa: o estado é laico. Publiquei uma pequena nota na noite de ontem, e muito gente apoiou a decisão. Publiquei, diga-se, as opiniões que não vieram acompanhadas de boçalidades anti-religiosas. Vamos lá.

O estado brasileiro é laico, sim, mas não é oficialmente ateu ou anti-religioso. E vai uma grande diferença entre uma coisa e outra. A República brasileira não professa um credo, mas não persegue crenças e crentes. Que dias estes que estamos vivendo! O cristianismo está profundamente enraizado na história e na cultura do Brasil. Os crucifixos não estão em tribunais e outras repartições para excluir, humilhar, discriminar, impor um valor ou qualquer coisa do gênero.

Ao contrário até: basta ater-se aos fundamentos dessa fé, mesmo quem não tem fé, para constatar que os valores éticos que ela reúne constituem o fundamento — eis a verdade — da moderna democracia. Sim, meus queridos, foi o cristianismo que inventou a igualdade entre os homens. E não, isso não quer dizer que sua história tenha sido sempre meritória.

Por que a Liga Brasileira das Lésbicas — E ME FAÇAM O FAVOR DE NÃO CONFUNDIR ESSE GRUPO MILITANTE COM MULHERES LÉSBICAS, TOMADAS NA SUA INDIVIDUALIDADE — não pede a demolição da Catedral de Brasília, plantada na Esplanada dos Ministérios? Por que não pede que o Rio ponha abaixo o Cristo Redentor? Urge mudar o nome de São Paulo, de Santa Catarina, do Espírito Santo, de São Luís, de centenas de cidades brasileiras que refletem a óbvia importância que o cristianismo, especialmente o catolicismo, teve entre nós.

Os que entraram com essa ação ridícula, acatada pelo Conselho da Magistratura, agem à moda do Taliban, que destruiu, em 2001, os Budas de Bamiyan, no Afeganistão, que datavam, no mínimo, do século 7 porque consideraram que eles ofendiam a fé islâmica. No Brasil, cuida-se agora de outro fundamentalismo.

Notem bem: se alguém propusesse uma lei que obrigasse repartições públicas a exibir o crucifixo, eu estaria entre os primeiros a protestar. Retirar, no entanto, os que foram herdados de uma tradição cultural, religiosa e civilizacional, bem, isso é um crime contra a nossa história, cometido para satisfazer vocações fundamentalistas. Os doutores e a tal liga das lésbicas que me perdoem, mas estão jogando no lixo ou mandando para o armário valores como igualdade entre os homens, caridade e… justiça! O cristianismo, prova-o a história, é também umas das primeiras correntes de pensamento realmente influentes a proteger a vida e os direitos das mulheres — à diferença do que pretende essa militância boçal.

Isso nada tem a ver com laicismo do estado. O que se caracteriza, aí sim, é perseguição religiosa. Não tenho dúvida de que muitos dos defensores dessa medida não hesitariam um segundo em defender também o “direito” de tribos indígenas brasileiras que praticam o infanticídio. E o fariam sob a justificativa de que se trata de uma tradição cultural…

O que mata e o que dá vida
A tal liga tem agora de avançar contra a Constituição Brasileira. Afinal, Deus está lá. Vejam que sociedade de iniqüidades se construiu nos Estados Unidos, onde as pessoas ainda juram com a mão posta sobre a Bíblia. Que país ridículo é aquele capaz de cantar em seu hino: “In God is our trust”, discriminando ateus e agnósticos? O paraíso da liga é a Coréia do Norte, de onde a religião foi banida. Ou a China. Boa era a antiga União Soviética. Igualitários e sem preconceitos eram os países da Cortina de Ferro. Bacana é Cuba, sem essas frescuras com o Altíssimo… Como dizem alguns ateus do miolo mole, as religiões matam demais! Os regimes laicos, especialmente os comunistas, é que souberam proteger os homens, não é mesmo?

Sim, sinto-me bastante envergonhado por aquela gente toda — as que pediram o fim dos crucifixos e as que aceitaram o pleito. O cristianismo é hoje a religião mais perseguida do mundo. Um iraniano foi condenado à morte por se converter. Começamos a assistir a uma variante da perseguição religiosa em nosso próprio país.

Não duvidem! Se as confissões cristãs aderissem à pauta da Liga Brasileira de Lésbicas — seja ela qual for —, o pedido não teria sido encaminhado. Como isso não aconteceu nem vai acontecer, elas resolveram que um símbolo, que tem valor para mais de 90% dos brasileiros (entre católicos, protestante tradicionais e evangélicos), tem de desaparecer. A desculpa? O laicismo do estado.

Eis aí mais um exemplo do fascismo de minorias. Uma leitora relatou aqui a sua participação num fórum que debateu a legalização do aborto. Um grupo de feministas defendeu de modo muito enfático que o combate ao aborto seja considerado um crime. Afinal, argumentaram, é uma questão de direitos humanos e de direitos da mulher… Em breve, será crime simplesmente não concordar com “eles”.

Os doutores do Rio Grande do Sul confundiram laicismo do estado com o ateísmo militante do estado. Mandaram para o lixo mais de 2 mil anos de cultura ocidental e mais de 500 da história do Brasil. Afinal, a Liga das Lésbicas ficava muito ofendida ao ver na parede aquele signo. O signo que está na raiz das idéias de igualdade no Ocidente.

Para encerrar: lembrem-se que essa era uma das propostas do “Plano Nacional-Socialista de Direitos Humanos”. Não vingou porque a sociedade reagiu. Os militantes não se conformaram e foram à luta. Encontraram os doutores que lhes deram guarida.

O crucifixo está sendo expulso dos tribunais do Rio Grande do Sul. Como isso afronta os valores da esmagadora maioria do povo gaúcho SEM QUE SE GANHE UMA VÍRGULA NA ESFERA DO DIREITO, uma parte da justiça está necessariamente sendo expulsa com ele.

A esmagadora maioria do povo acredita em Deus, mas as elites militantes não acreditam no povo. Tampouco exercem o poder em seu nome. Ponto!

Por Reinaldo Azevedo

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Embaixador do Irã nega condenação do pastor Yousef

Magno Malta relata encontro com embaixador do Irã,
que nega condenação de pastor


O senador Magno Malta (PR-ES) informou, nesta terça-feira (6), ter conversado com o embaixador do Irã no Brasil, Mohamad Ali Ghahezadeh, segundo o qual Yousef Nadarkhani, que teria renegado a fé muçulmana e se convertido ao cristianismo, tornando-se pastor, não foi condenado à morte por enforcamento. Segundo o diplomata, ele não teria sido preso por apostasia, mas por roubo e prostituição. Além disso, acrescentou que o julgamento ainda não ocorreu e que Yousef não seria reconhecido como pastor e não está preso por ser cristão. ONGs de defesa de direitos humanos e liberdade religiosa têm pressionado pela libertação de Yousef Nadarkhani.
- Saí de lá aliviado. Não vi mentira nos olhos do embaixador. Não está condenado à morte por forca. Ainda há processo em andamento e nós vamos ficar monitorando – declarou o senador, salientando o respeito com o Brasil trata pessoas de todas as confissões de fé, inclusive muçulmanos.
Malta informou ainda que nesta quarta-feira (7) a embaixada do Irã irá divulgar nota na qual reafirmará essas informações. De acordo com o parlamentar, a informação sobre a condenação por forca teria sido uma “inverdade jogada na mídia”.
O senador deu satisfação aos colegas acerca de requerimento aprovado na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) que havia, inicialmente, convidado o embaixador a comparecer à comissão para falar sobre o assunto. Como isso não aconteceu, o senador foi à embaixada, juntamente com Sérgio Petecão (PSD-AC) e Lauro Antônio (PR-SE), integrantes da Frente Parlamentar pela Família, além de diversos deputados.
Segundo o senador, Mohamad Ghahezadeh disse que o vice-presidente do Judiciário do Irã, responsável no país pelos assuntos relativos a direitos humanos, está à disposição da CDH para vir ao Brasil ou se, os parlamentares preferirem, visitarem o país em busca de esclarecimentos sobre o caso.


Foto: Moreira Mariz/Agência Senado
Fonte: Agência Senado

Deus operou?

Deus “operou” ?


Rubinho Pirola


“…e não guardaram os seus estatutos, antes se deixaram enganar por suas próprias mentiras” (Amós 2:4).

- Houve arrepios?

- Tremeu o chão?

- Houve choro?

- Não?

- Então Deus não “operou”.



O louvor é fraco, o pregador, sem unção, a igreja, fria,… o culto não foi bom.

Será? Quais os “sinais” pelos quais a igreja espera dos céus para crer?

Já não basta a fé, crermos mesmo no que Deus fala e falou, no que nos trouxe pela Palavra. Temos de ter “testificação”, documentada em três vias assinadas e com selo governamental das nossas emoções (e o da congregação) para crermos.

Ando meditando sobre a alma, sobre o poder dessa carne, de querer reger não só a minha própria vida, como a vida dos crentes e dos serviços religiosos em toda a parte.

E a coisa não é simples de ser vista e, nisso, todos estão incluídos: pentecostais, carismáticos ou "históricos".

Pois há a tendência dos crentes - muitos até “tradicionais”, reformados e outros de herança mais, digamos, “comportada e comedida” nos atos litúrgicos e religiosos. Ninguém, a rigor está a salvo. Pois imagina-se que, no silêncio de algumas salas de cultos – é mais fácil escondermo-nos e os nossos pensamentos e corações distantes de Deus e frios da sua presença, na quietude e reverência desses cultos.

A linha que separa alma, emoções, pensamentos e a nossa cultura arraigada tecida longe de Deus, do espírito, do nosso homem novo criado em Deus é muito ténue e só pode ser divisada pela Palavra e ação do Espírito Santo.

Tem horas que penso que o extraordinário (e não o sobrenatural!) pelo qual a igreja procura tem mais a ver com a nossa falta de fé e desejo de convertemo-nos a nós mesmos pelo que se vê, toca e sente, do que propriamente para revelar ao mundo a presença de Deus. Pede-se por curas, milagres e, desconfio que já nem é tanto por amor e misericórdia pelo enfermo, como para provar para si mesmo – o crente – que Deus existe, age e, o que é pior, pode ser comandado por nós, a criatura. Afinal, não é para isso que servem a maioria dos cultos televisivos e da mídia em geral?

São mezinhas, técnicas, truques e “simpatias teológicas” para fazer Deus fazer o que e na hora, o que desejamos?...

A alma quer ditar e até dominar a nossa vida de comunhão com Deus, os nossos devocionais, desde sempre. E tomar a primazia de Deus em nós mesmos. Lá no profundo.

Se não há “tema musical”, uma música de fundo… então não há “presença de Deus”, ou o “sentirmos Deus”. Não há a presença de Deus porque… não “pintou o clima”.

Queremos viver a vida cristã com a alma no comando, não fazendo com que ela acompanhe ou reverbere o “mover” de Deus, mas indo à frente, achando que ela pode fazer mover Deus. Se sinto, se tremo, se arrepio, então Deus está presente.

E por ai, julgamos os cultos, as pregações, os “louvores” - pela quantidade de gente que chorou, pelo número dos que “caíram”… pelas emoções que provocou.

Culto bom, já não são os emocionantes, com louvor a usar letras inspiradas e bíblicas, pregações com exegese rigorosa e bíblica; mas os emocionais, os que são acompanhados pelos “choros de berçário”, onde todos choram porque um chorou antes. Onde fala-se mais do homem, do que é terreno, do que aquilo que é divino.

Deus tocou-me, não porque sinto, mas porque creio pela Palavra, que diz que Ele fê-lo. Porque afinal, vou até Deus com inteira certeza de fé, e não pela instabilidade das minhas emoções. Vou até Ele pelo vivo e novo caminho, isto é, pelo sangue de Jesus, que não vejo, não toco, mas creio que foi derramado por mim. Vou até Ele por fé, pelo firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem e não pelo que sinto, vejo, toco ou experimento na carne.

Estando a pensar nisso tudo, lembrei-me do sábio conselho de Gamaliel, em Atos 5:38, que sugeriu certa vez: “… deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, ela, por si só se desfará”. Assim, se houve algo no meio de nós, na minha vida, seja qual foi a experiência, no nosso culto, ou nos nossos atos solenes ou mais intimistas… esperemos pela Segunda feira.

Se foi de Deus, vai provocar mudanças, vai trazer frutos.

Se foi de Deus, foi sobrenatural – como o é, algum “vida torta” como eu, manifestar (contrariamente o que seria natural supor, ou naturalmente capaz de acontecer), o carácter de Cristo visto em mim, se não foi, terá sido apenas algo estraordinário, “show evangélico” ou apenas, “coreografia religiosa", dessas para fariseu ver. E "crer".

Rubinho Pirola é reu confesso em Genizah

Fonte: Genizah