quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Calma, Deus não vai julgar o Brasil!!

No dia 31 de agosto passado, o canal da Primeira Igreja Batista de Curitiba, no YouTube, postou um vídeo, de pouco mais de 11 minutos, onde é mostrado um trecho de um dos cultos daquela igreja, onde o Pastor titular, Paschoal Piragine Junior, se pronuncia acerca das eleições 2010.
Nesse pronunciamento o pastor aconselha os seus ouvintes a não votarem nos candidatos do PT, Partido dos Trabalhadores, porque os mesmos haveriam firmado um acordo, comprometendo-se, caso eleitos, a votarem afirmativamente em projetos de lei que comportam em seu bojo questões polêmicas como o direito da mulher ao aborto, o casamento homossexual, a lei da mordaça, entre outros. Tais questões o Pr. Pascoal qualifica como “iniquidade”.
No mesmo vídeo o pastor dá a sua definição para o termo: “…iniqüidade é quando a gente ‘tá’ tão acostumado ao pecado, que o pecado, a gente não tem mais vergonha de cometê-lo e ele passa a ser algo tremendamente natural na nossa vida, e a Bíblia diz que quando a iniquidade chega, ou seja, o coração do homem ‘tá’ tão endurecido, que ele não se envergonha mais do pecado, ele não pode reconhecer nem que aqui alguma determinada ação é pecado, é tempo que Deus tem que julgar a sua terra, que julgar o seu povo, que julgar a nação”.
Após a postagem desse vídeo a comunidade evangélica partiu para a ação: centenas de milhares de envios, tanto do vídeo quanto do link, ocorreram via E mail, Twitter, Orkut, Messenger, Skype e outros. Foi como um grande formigueiro virtual transportando informações. O vídeo tinha, às 15 horas do dia 24 de Setembro de 2010, a menos de um mês de sua postagem, 2.265.840 exibições.
Consequentemente, centenas de milhares de pessoas receberam a mensagem do Pr. Pascoal, agradecidos e confortados por terem um verdadeiro representante do Senhor Deus zelando por suas pobres almas ingênuas.
A possibilidade de questionamento ou oposição ao que disse o pastor tornou-se um absurdo, afinal, trata-se de alguém que se posicionou como bastião da moralidade. Alguém que detém em primeira mão a informação de que há uma conspiração do mal acontecendo para afastar o nosso pobre país dos olhos bondosos de Deus, através da prática da “iniquidade” e assim atrair para si mesmo a ira divina, sob forma de seu julgamento mais cruel. Alguém que sabe que no mundo político e governamental há uma espécie de influência maligna que tenta tirar o Brasil da condição de país abençoado por Deus.
Foi exatamente isso o que disse Pascoal aos 3 minutos e 20 segundos do vídeo, usando precisamente essas palavras: “e Deus não vai ter outra coisa a fazer, senão julgar a nossa terra, é isso o que a Biblia diz”.
Como Pascoal não forneceu qualquer referência de onde se encontram esses textos, devemos supor que são textos bem conhecidos, corriqueiros, comuns no âmbito evangélico. Um desses textos mais comuns trata de uma aliança que Deus fez com seu povo, Israel, onde ele promete abençoar de várias formas a nação, desde que ande segundo sua lei. Todavia, promete amaldiçoar o povo caso sua lei não seja obedecida.
Trata-se de do livro de Deuteronômio, capítulo 28, versículos 16 a 44, texto famoso pelas maldições impostas como juízo a um povo que abraçou a iniquidade. O texto diz, na tradução Revista e Atualizada de João Ferreira de Almeida: “Maldito serás tu na cidade e maldito serás no campo (…) maldito o fruto do teu ventre (…) maldito serás ao entrares e (…) ao saíres (…) o Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles (…) o Senhor te ferirá com loucura, com cegueira e com perturbação do espírito (…) desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem dormirá com ela; edificarás casa, porém não morarás nela (…) o teu boi será morto aos teus olhos, porém dele não comerás; o teu jumento será roubado diante de ti e não voltará a ti; as tuas ovelhas serão dadas aos teus inimigos; e ninguém haverá que te salve (…) o estrangeiro que está no meio de ti se elevará mais e mais, e tu mais e mais descerás. Ele te emprestará a ti, porém tu não lhe emprestarás a ele; ele será por cabeça, e tu serás por cauda”.
Realmente terrível. Mas graças ao Pascoal, essas coisas não vão nos acontecer, desde que eu siga o seu conselho: não votar no PT, Partido dos Trabalhadores. Que bom! Eu já não gostava mesmo desse partido de políticos sonsos, ladrões, mensaleiros, transportadores de dinheiro em cuecas, malas, paletós e afins. Partido de gente que dança no congresso comemorando a impunidade alheia, de gente que desdenha do povo e enriquece de forma ilícita e assustadora.
Todavia, há alguns pontos obscuros no “Posicionamento do Pr. Paschoal Piragine Jr. sobre as eleições 2010”. Alguns pontos que gostaria de refletir acerca deles.
O primeiro deles trata da definição pascoalina de iniquidade. Pascoal diz que iniquidade é estar demasiadamente acostumado ao pecado, perdendo-se a vergonha de cometê-lo, tornando-o natural no curso da vida, impossibilitando a si mesmo de reconhecer a ação ou prática pecaminosa.
Realmente é difícil de acreditar que o pastor desconhece a verdadeira definição do termo, oriunda das páginas do livro sagrado, dos dicionários de língua portuguesa, bem como da tradicional Teologia Sistemática, já que é professor da faculdade Teológica Batista do Paraná, uma das primeiras a ter o reconhecimento do MEC, referência na teologia protestante. Apesar de que no site dessa instituição, dos 14 docentes com currículos apresentados, só o ícone correspondente ao currículo do pastor está inativo. Todavia deve-se crer que o padrão de formação do pastor é tão alto quanto o dos outros 13 docentes, todos mestres e doutores.
Longe de “estar demasiadamente acostumado ao pecado, perdendo-se a vergonha de cometê-lo”, o substantivo feminino de origem latina (iniquitate), denota a falta de equidade, de justiça, corrupção de costumes, ação injusta ou crime.
Quando esse vocábulo aparece nas páginas da Bíblia, no Antigo Testamento, ele é usado para traduzir o substantivo hebraico ‘avon (Nwe), que possui o sentido de perversidade, depravação, iniquidade, culpa ou punição por iniquidade. Esse substantivo tem origem no verbo ‘avah (hwe) estar curvado, ser torcido, ser pervertido, agir erradamente, perverter.
Quando o vocábulo aparece no Novo Testamento, pode originar dos termos adikia (adikia) ou anomia (anomia) e denotam uma profunda violação da lei e da justiça ou desprezo e violação da lei. O Dicionário da Bíblia de Almeida, da Sociedade Bíblica do Brasil traz a seguinte definição: iniquidade é o pecado que consiste em não reconhecer igualmente o direito de cada um, em não ser correto, em ser perverso.
O fato é que Pascoal distorceu o sentido do texto e usou para o contexto que bem quis e entendeu, a fim de se chegar a um objetivo claro: convencer os seus ouvintes e fieis espectadores de que há pecado nas votações do PT e Deus não está gostando nada do que está acontecendo. Um julgamento divino iminente pode se abater sobre o Brasil.
Para piorar o que já não está bom, Pascoal faz uma exegese errada do texto que, na verdade, só ele mesmo sabe qual é, dentro de uma das áreas mais delicadas da Teologia Sistemática – a Escatologia, doutrina das coisas futuras.
Segundo os ensinamentos da Teologia Sistemática, na área da Escatologia, figurinha fácil em qualquer sala de aula de qualquer instituição de ensino religioso, inclusive as instituições batistas, filiadas à mesma convenção da Primeira Igreja Batista de Curitiba, pastoreada por Pascoal, não vai haver juízo nenhum. Isso mesmo, podem se acalmar porque Deus não vai julgar o Brasil.
Deus não vai julgar o Brasil por dois grandes motivos clássicos extraídos do ensino da Teologia: primeiro, porque a geração pós Cristo, ou seja, todas as pessoas que nasceram depois de Jesus, fundador do Cristianismo, não estão debaixo das regras da aliança que Deus teria feito com a nação de Israel por volta do ano 1.500 a.C.
A Bíblia fala de algumas alianças que Deus teria feito com os homens, tipos de contratos, onde o divino interagia com o humano. Alguns exemplos são a aliança Adâmica, onde Deus entra com a bênção sobre toda a criação e o homem entra com a multiplicação de si mesmo, dos animais e plantas; a aliança Noética, onde depois do dilúvio Deus promete jamais destruir novamente a terra por meio de dilúvio; a aliança Mosaica ou do Sinai, essa que promete abençoar e amaldiçoar conforme o proceder da nação de Israel, bem como sua relação com a iniquidade; a aliança davídica onde Deus promete ao rei Davi que não faltaria sucessor ao seu trono.
Mas quando Jesus se manifesta como ícone de uma nova religião, quando assume ser o vigário de Deus e filho de Deus, quando decide estabelecer um aglomerado de fiéis chamado igreja, firma uma nova aliança com seus seguidores. Uma aliança definitiva, insuperável e desprovida de troca, ou seja, o homem não precisaria fazer nada para merecê-la porque ela seria dada de graça e por amor, vinda da parte de Deus para a humanidade.
Essa aliança está mostrada na Bíblia, no Novo Testamento, entre vários textos, em Mateus capítulo 26, versículos 28 e 29: “Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai”.
Ora, a coisa toda é bem simples. Jesus morreria na cruz e o seu sangue representaria uma nova aliança que remiria os que nele cressem dos seus pecados. Realizada essa purificação de pecados ele se reuniria novamente com seus seguidores no reino do Pai.
São três passos simples: Morte de Cristo, crença em Cristo para perdão de pecado e encontro com Cristo no reino do Pai. Isso é a nova aliança, onde não há via de mão dupla, ou seja, faça o certo que Deus abençoa, faça o errado e ele te ferra. Seja fiel e seu país enriquece, seja iníquo e o sua nação se ferra. A única via que há é de mão simples. Cristo fez, faz e fará: morreu, perdoa e voltará.
Isso é cristianismo puro, bíblico e fundamental, seu Pascoal. Se enriquecermos ou empobrecermos, se sofrermos epidemias, violências, crimes, tráfico, descaso com a saúde, miséria, pobreza, fome, peste e guerra, não será por causa do juízo divino, mas por causa das nossas escolhas, escolhais tais que passam inclusive pelas urnas.
Depois da morte e ressurreição de Cristo e do advento do Pentecoste, o derramamento do Espírito de Deus sobre as pessoas, só resta uma coisa para acontecer segundo a escatologia: o encontro com Cristo, encontro esse que a própria Teologia não definiu se é antes de um período de mil anos ou depois, ou se antes de um período de sete anos de tribulações e problemas na humanidade, no meio desse período ou depois, e se esse encontro com Cristo se dá mediante sua volta ou a ida dos seus fiéis até ele numa espécie de levitação coletiva que a igreja evangélica chama de arrebatamento.
Todavia não há espaço para julgamentos, pragas egípcias, ou coisas do tipo, porque segundo a mesma Bíblia, Deus é imutável no seu ser, nas suas perfeições, nos seus propósitos e nas suas promessas. Não irá de modo algum alterar seus planos por causa do Pascoal. A veracidade divina implica que ele é o Deus verdadeiro, e que todo o seu conhecimento e todas as suas palavras são ao mesmo tempo verdadeiros e o parâmetro definitivo da verdade. Não irá desfazer o que fez em Cristo para refazer no Pascoal.
Além da distorção de um termo e de uma exegese errada, pesa contra o pastor Pascoal o fato de que talvez não devesse falar de política a partir do púlpito. Não pelo fato de que não se deve misturar política ou religião ou de que a igreja nada tem a ver com o estado, ou pelo fato de que Pascoal se ostenta como um homem de Deus e a política é corrupta e corruptível ou qualquer outro preconceito justificável, mas pelo simples fato de que num dos cultos de domingo do ano de 2006, Pascoal chamou ao púlpito para desfazer publicamente possíveis calúnias e boatos acerca de seu nome, bem como para orar por ele e pedir o juízo de Deus sobre todos quantos o injustiçaram e difamaram, o seu mais notável diácono, o então deputado federal pelo PMDB do Paraná, o Dr. André Zacharow, 14º nome na letra A do site fichasuja.com.br, envolvido no chamado escândalo dos Sanguessugas, também conhecido como máfia das ambulâncias, escândalo de corrupção que estourou em 2006 devido à descoberta de uma quadrilha que tinha como objetivo desviar dinheiro para a compra de ambulâncias.
O caso daria origem, no mesmo ano, ao Escândalo do Dossiê, em que integrantes do (PT) Partido dos Trabalhadores foram presos em flagrante pela Polícia Federal comprando, com 2 milhões em dinheiro vivo, um dossiê que revelaria a suposta participação de políticos do PSDB no esquema.
Portanto, compatriotas, levantai vossas cabeças ao alto e respirai. Não haverá juízo por causa das Eleições 2010. Votem pelas propostas dos candidatos a deputado federal, estadual, senadores, governadores e presidentes, e não por aquilo que um pastor de certa referência, vários anos de ministério, mas com uma palavra distorcida, uma exegese errada e uma ética duvidável acha ou deixa de achar.
Há algo que a Bíblia diz sobre o assunto, e esse algo tem endereço certo, Gálatas capítulo 6 versículo 7. Trata de uma regra de vida estabelecida por Deus e que o próprio Deus não vai se deixar envergonhar quebrando essa regrinha: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará”.
Cuidado com o que será semeado em 3 de Outubro, porque a colheita começa em Janeiro de 2011.

fonte: Lê Aí Ó

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

OPBB emite nota de apoio a Piragine

NOTA DE APOIO PÚBLICO E LOUVOR A DEUS


Diante de críticas que se divulgaram contra o pronunciamento do pastor Paschoal Piragini Jr., vimos a público reconhecer seu direito de posicionar-se a respeito de questões tão importantes para o povo brasileiro, como as que motivaram seu pronunciamento, cujo vídeo tem atraído acessos de milhares de pessoas.
Pastor Pascoal foi corajoso, oportuno e profundamente responsável ao posicionar-se sobre questões que militam contra a vida criada por Deus. Seu pronunciamento serviu de despertamento para todos nós que, no exercício da liderança do povo de Deus, temos o dever de chamar nossas ovelhas à reflexão sempre que perigos as ameacem.
Projetos como, por exemplo, o PNDH-3, aprovado pelo Governo Federal e a PL 122, ambos de discutível constitucionalidade, que defendem a legalização do aborto, a aprovação de casamento entre pessoas do mesmo sexo, a regulamentação da prostituição, entre outros erros, atentam contra princípios e valores cristãos fundados nas Sagradas Escrituras.
Reafirmamos a necessidade de avaliarmos bem o posicionamento de cada candidato e de seus respectivos partidos com relação a esses temas. A história e a Bíblia demonstram que as práticas pervertidas de uma sociedade ofendem a Deus, mas a institucionalização da iniqüidade cria o ambiente propício para o surgimento de líderes políticos capazes de impor à própria sociedade horrendos sofrimentos.

Agradecemos a Deus pela vida do Pastor Pascoal Piragine Jr, pela ousadia e pertinência profética, não se encastelando em seu púlpito, antes vindo a público com zelo e lealdade ao seu povo e à Palavra de Deus.
Por fim, encarecemos as orações e a consideração dos pastores em favor de nosso colega, filiado e ex-presidente da OPBB. Não devemos ter a expectativa de que qualquer pronunciamento nosso, como pregadores da Palavra de Deus, seja perfeito, mas precisamos estar ao lado daqueles que lutam as nossas lutas. Por isso nos colocamos agora, ao lado do nosso irmão Pascoal Piragine Jr.

“Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.” ( 2 Tim.1.7)
Rio de Janeiro, 17 de Setembro de 2010.


LÉCIO DORNAS
Presidente da OPBB

JURACY CARLOS BAHIA
Diretor Executivo da OPBB

sábado, 25 de setembro de 2010

A Prosperidade dos apóstolos modernos!!

A Pro$peridade dos Apó$tolos modernos

Por Renato Vargens

Acredita-se que no mundo existam cerca de 10 mil “apóstolos”. Na verdade, nunca se viu tantos apóstolos como neste inicio de século. Em cada canto, em cada esquina, em cada birosca encontramos alguém reivindicando o direito de ser chamado de apóstolo. Junta-se a isso, o fato de que com o surgimento deste tipo de "ministério" surge a reboque o aparecimento de inúmeras heresias. Isto sem falar é claro, na ênfase que estes profeteiros dão ao dinheiro. 

Veja por exemplo o apóstolo Silvio Ribeiro de Porto Alegre, que usa $ no cinto da calça. (clique na foto para ampliar)
Pois é, sinceramente confesso que eu gostaria de saber porque o "apóstolo" Silvio usa um $ no cinto da calça! Será que é um tipo de decreto espiritual para atrair riquezas e prosperidade? Ou será tipo de "mandinga gospel"?
Fico a pensar como seria se Pedro, Paulo e Tiago e os demais apóstolos vivessem entre os "apóstolos" do século XXI. Possivelmente seriam estigmatizados, desqualificados e repudiados por sua incapacidade em realizar ou decretar atos sobrenaturais de fé, como também confrontados pelos profetas da confissão positiva pelo fato de terem fracassado financeiramente.

Caro amigo, por favor, pare, pense e responda: Por acaso eram os apóstolos ricos? Possuíam eles as riquezas deste mundo? Advogaram o ensino de que todo discipulo de Cristo deve ser rico? Ora, se fosse realmente verdade o que ouvimos e lemos dos bispos, apóstolos, paipostolos e mercadores da fé que Deus quer que os seus filhos tenham sucesso e riquezas, então porque Ele não fez que Jesus nascesse numa família extremamente rica? Porque então Ele não escolheu doze apóstolos milionários, ou pelo menos não lhes conferiu riquezas? Não seria muito mais fácil conquistar o mundo assim?

Prezado leitor, vamos combinar uma coisa? Os apóstolos modernos fundamentam suas doutrinas em pressupostos absolutamente anti-bliblicos. Para justificarem seus gastos pomposos, afirmam que Jesus era rico, que suas roupas eram nobres, que o burrinho usado na entrada de Jerusalém era novo, e que tinha muito dinheiro na bolsa do tesoureiro.

Infelizmente diferentemente dos apóstolos do primeiro século estes falsos profetas gloriam-se de suas megas igrejas, de suas riquezas, sucessos e popularidade. Lamentavelmente essa corja religiosa se comporta como celebridades desfilando por esse "Brasil de meu Deus" com seus carros blindados, cercados de seguranças, pregando um evangelho absolutamente mercantilista.

Pois é meus amados irmãos, dias complicados os nossos! Diante do exposto acredito piamente que os conceitos pregados pelos reformadores precisam ser resgatados e proclamados a quantos pudermos. Sem sombra de dúvidas necessitamos desesperadamente de uma nova reforma, por que caso contrário a vaca vai para o brejo.

Soli Deo Gloria,

Renato Vargens

Fonte: Púlpito Cristão
e vi também no Bereianos

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pimenta na mente

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Leitura da Bíblia - Estatística

Fonte: Profetirando

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Período eleitoral ferve o caldeirão batista

Artigo do pastor Wellington Santos posicionando-se sobre o vídeo divulgado pelo titular da PIB de Curitiba, pastor Paschoal Piragine. Leiam e reflitam.

1) Fiquei surpreso em ver o ex-presidente da CBB falando em união com os bispos da CNBB para lutar contra a iniqüidade;
2) Fiquei triste em ver que política, que até então era coisa do Diabo, tornou-se coisa de Deus e da igreja que "se preocupa" com os valores do evangelho;
3) Fiquei triste de ver que só agora o Pr. Paschoal Piragine e outros estão vendo iniquidade institucional;
4) Fiquei triste de ver o Pr. Paschoal jogando todos os parlamentares sérios do PT e compromissados com a vida e a luta por dignidade nesta pátria, sendo tratadas pessoas sem nenhuma responsabilidade;
5) Fico triste por ver que o nome de Deus continua sendo usado para manipular e assustar as pessoas;
6) Fico triste de continuar vendo a partir destes pastores e líderes religiosos que a única coisa que pode mover a mão de Deus contra uma nação é a forma como este povo trata suas questões sexuais.

Quero declarar a quem interessar possa: Não creio neste evangelho piegas nem neste Deus manipulável que se preocupa mais com a sexualidade da sua criação do que com a dignidade com que sua criação está vivendo.

Confesso que fiquei profundamente triste com as palavras e o vídeo apresentado na PIB de Curitiba pelo Pr. Paschoal Piragine. Triste pelo fato de não saber julgar direito se é desinformação política e ou maldade ideológica.

Fiquei surpreso em ver o ex-presidente da CBB falando em união com os bispos da CNBB para lutar contra a iniqüidade. Até ontem os pastores que defendiam esta união para lutar contra a ditadura, pela reforma agrária, por justiça social e outros temas de interesse do nosso povo, eram taxados de ecumênicos e discriminados pelas lideranças batistas. Até porque estes mesmos que agora defendem a união com a CNBB ontem diziam que ecumenismo era um sinal do anti-cristo.

Fiquei triste em ver que política, que até então era coisa do Diabo, tornou-se coisa de Deus e da igreja que "se preocupa" com os valores do evangelho. Até então estes líderes mantinham-se "longe" dos temas políticos, longe dos temas políticos que lhes incomodam e denunciam sua omissão diante dos assassinatos de negros, pobres, homossexuais, menores abandonados, trabalhadores rurais sem terra (Eldorado dos Carajás), etc. Que preocupação.

Fiquei triste de ver que só agora o Pr. Paschoal Piragine e outros estão vendo iniquidade institucional. Não viram nenhuma iniquidade nas inúmeras mortes da ditadura militar no Brasil, nunca viram iniquidade nos governos de Sarney, Collor, Itamar e principalmente de FHC. Em que Brasil estes estavam vivendo? Respondo, no Brasil dos ricos e que não conhecem as dores do nosso povo de perto.

Fiquei triste de ver o Pr. Paschoal jogando todos os parlamentares sérios do PT e compromissados com a vida e a luta por dignidade nesta pátria, sendo tratadas pessoas sem nenhuma responsabilidade. Dizem hoje que o PT é satanista, pedófilo e outras misérias mais. Pensei que este tempo já tinha passado. Esperava um debate mais democrático e inteligente.


Fico triste por ver que o nome de Deus continua sendo usado para manipular e assustar as pessoas. Engraçado: quando declaro meu apoio a partidos de luta histórica de esquerda, quando declaro meu apoio a luta dos trabalhadores sem terra (MST, CPT, MLST, etc), quando vou as ruas lutar por justiça, denunciar mortes, cobrar políticas públicas que beneficiem o povo, não sou tratado como homem de Deus, falando em nome de Deus e preocupado com os valores do evangelho que defendem a vida. Quando usam o púlpito para declarar posição contra partidos e posições de caráter moral e sexual, estão falando em nome de Deus?

Fico triste de continuar vendo a partir destes pastores e líderes religiosos que a única coisa que pode mover a mão de Deus contra uma nação é a forma como este povo trata suas questões sexuais. Fome, falta de moradia, latifúndio, acúmulo de riqueza, miséria, idolatria ao poder e ao dinheiro, desigualdade social, injustiças de todo tipo, etc. não incomodam o coração de Deus.

Quero declarar a quem interessar possa: Não creio neste evangelho piegas nem neste Deus manipulável que se preocupa mais com a sexualidade da sua criação do que com a dignidade com que sua criação está vivendo.

Sei que quem sabe usar bem as palavras e manipular as imagens serão aplaudidos. Sei que posso ser execrado pelas lideranças que como bem afirmou o Pr. Paschoal (30 anos sem se manifestar...), vivem num Brasil de outras preocupações que não são as minhas pessoais nem o que move meu coração ministerial. Talvez por não concordar com estes posicionamentos não seja mais crente, cristão e tampouco pastor. Se a forma de ser respeitado como tal é assinando embaixo com as palavras do dileto pastor, prefiro abrir deste respeito.

Desculpe me alongar, não gosto de usar este espaço para dialogar. Respeito o direito do Pr. Pachoal manifestar sua opinião, indago apenas uma coisa: O contraditório será apresentado por quem na PIB de Curitiba?

Quero ser respeitado, tenho 19 anos de ordenação no ministério pastoral batista. Fui presidente 3 vezes da Convenção Batista Alagoana, fui membro da JUMOC durante três anos, sou pastor da IBP desde 1993. Porque coloco isto para tod@s que irão ler este desabafo. Pelo simples fato de declarar durante toda minha vida apoio aos movimentos sociais que lutam em defesa da justiça neste país e sempre ser tratado como aloprado pela direita conservadora da minha denominação. Aloprados são os que denunciaram anos a fio as estruturas de poder que andaram de braços dados com a ditadura e outros meios carregados de iniquidade. Estes que defendem a família e a moralidade são homens de Deus cheio do temor e assim se manifestam com toda autoridade. Chega de hipocrisia.
Abraços,

*Igreja Batista do Pinheiro Maceió-Alagoas

PS.:
Estranho este profeta só ter aparecido agora, 30 anos depois de posicionamentos silenciosos e marcados pela omissão.

Estranho tbm que este profeta fale em nome do grupo que produziu o vídeo, que tem por trás o Rodovalho, bispo dos "profetas" que colocaram dinheiro na cueca em Brasília e depois fizeram uma oração ao "senhor".

Estranho tbm que este profeta não denuncie a fome, o acúmulo de riqueza e de terras no Brasil (Isaías 5:8), a pedofilia no meio do clero católico e entre pastores protestantes e a miséria.

Estranho tbm que este profeta só agora percebe iniquidade nas instituições governamentais. Nunca tinha visto antes no governo de FHC com a venda da Vale e a compra do congresso para aprovar a reeleição.

Estranho que este profeta não tenha visto iniquidade no regime militar que levou o presbitério e outras instâncias denominacionais a entregarem seus pares (Rubem Alves, Richard Shaul, Rev, Wriht, entre outros que ou foram mortos ou tiveram que sair do país às pressas naquele período.

Por estas e outras meu dileto pastor e amigo, que ouso discordar do título de profeta para aqueles que só se lembram de ser profetas quando lhes é interessante.
 

Abraços,
Pr. Wellington Santos


Fonte: Blog do Edvar