terça-feira, 28 de abril de 2009

Igreja evangélica pode pagar multa por som alto

Olha a questão do som novamente em pauta!!!
Pastores, barbas de molho! As coisas não vão ficar melhores daqui por diante!!

O local da notícia é Maceió (Alagoas)...

Igreja evangélica pode pagar multa por som alto

Acordo normatiza som alto e igreja vai ser fiscalizada.

Fiéis da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra vão ter que se acostumar ao som baixo ou até o limite estabelecido em lei. Está publicado, no Diário Oficial do Estado de hoje, o Termo de Ajustamento de Conduta assinado entre a igreja, o Ministério Público e a Secretaria de Proteção ao Meio Ambiente, a Sempma. A igreja pode pagar multa diária se não cumprir as determinações.

No termo, a igreja evangélica se compromete a não permitir, nem realizar atividades que provoquem a emissão de ruídos e sons acima dos padrões estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas e pela Norma Brasileira Regulamentar. E antes de realizar eventos, a igreja deve pedir o licenciamento ambiental da atividade à Sempma.

O Ministério Público vai fiscalizar as atividades, com vistorias em dias e horários tidos como de ocorrência de poluição sonora, e em caso de descumprimento do acordo, a igreja deve pagar multa diária a ser estabelecida pela Justiça. O valor da multa deve ser revertido para o Fundo Municipal de Proteção Ambiental.

Considerações
O Termo de Ajustamento de Conduta considerou, entre outros motivos, as provas anexadas ao inquérito civil imposto pelo Ministério Público, que traz os relatórios de medições de níveis de ruídos, e a exigência legal de Autorização Ambiental Municipal para as atividades que possam causar poluição sonora.

TudonaHora/Notícias Cristãs

Reflexos da Gripe Suína nas igrejas...

Gripe suína leva igrejas a suspenderem cultos

A maioria das igrejas evangélicas da Cidade do México e arredores suspendeu atividades e cultos do domingo por causa do grau de contágio da gripe suína.

Templos que a cada domingo recebem milhares de cristãos fecharão as portas diante do temor de infecções coletivas.

O superintendente do Distrito Centro da Igreja Metodista, pastor Jorge Alberto Ochoa, enviou mail a seus membros e colaboradores, alertando que este é um momento de oração e de obediência às medidas que autoridades sanitárias informam nos meios de comunicação de massa.
Outras denominações e igrejas independentes deixaram a critério dos pastores locais a celebração de cultos em seus templos.

Na capital do país, o governo local recomendou a todas as igrejas que não programem cultos públicos. A maioria dos líderes e pastores conclamou suas congregações para que não viessem à igreja no domingo.

As páginas web oficiais das diferentes denominações e igrejas independentes publicaram o aviso de suspensão de atividades, e em outros casos enviaram correios em massa aos fiéis, mas não foi suficiente, ocorrendo confusão e falta de dados nas igrejas.

Um grande número de templos evangélicos permanece abertos, e ainda que não abriguem celebrações habituais, eles recebem grupos menores de cristãos quem oram para evitar um possível contágio.

É a primeira vez, na história contemporânea que os templos evangélicos não realizam cultos dominicais, de comum acordo.

ALC/Notícias Cristãs

Gripe suína e outros cuidados...

Um pouco de humor...


"biblicamente correta"


Frase pinçada da revista Veja desta semana...
Precisamos ser, realmente, biblicamente corretos, e não politicamente corretos, em certos assuntos...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Descaminho das Índias

Descaminho das Índias

Enquanto uma novela conquista o público, difundindo o hinduísmo, a maioria dos telespectadores não tem noção da realidade dessa religião, que está por trás da maior parte das idéias da Nova Era.

Ganesha.

Quando os deuses se enganam

O que pensar de um deus que corta a cabeça de um menino por engano e em troca lhe dá uma cabeça de elefante? Deuses que se enganam são deuses vãos. Eles não são confiáveis. Mesmo assim, têm adoradores que se sacrificam por eles:

Na revista alemã Der Spiegel apareceu a história de um adolescente indiano de 16 anos que decidiu fazer uma oferenda singular ao deus Shiva[1]. Sua peregrinação ao templo Trinath em Rourkela, na Índia, durou dez semanas. “Você jamais será alguém na vida!”, costumava dizer seu pai. Aswini Patel andava sempre sozinho e não era muito popular na escola, nem entre as crianças da vizinhança. Em casa, ele tinha de escutar acusações constantes de ser pouco inteligente e

preguiçoso. Finalmente, ele decidiu não ouvir mais as ordens de ninguém. Ele decidiu que iria ouvir somente aos deuses. Aswini era especialmente fascinado por Shiva, o deus de muitos braços. Foi Shiva que, por engano, cortou a cabeça do filho de sua mulher. Em troca, deu-lhe uma cabeça de elefante. Assim surgiu um novo deus, chamado Ganesha. Essa história impressionou muito a Aswini.
O deus Shiva.

No começo de maio de 2008, depois de uma viagem penosa, o jovem finalmente chegou ao templo cinzento de Shiva. Tirou uma lâmina de barbear de seu bolso, olhou bem para o pequeno deus de pedra e murmurou: “Senhor Shiva”. Aí estendeu sua língua e cortou um pedaço dela, depositando-o como oferenda ao lado da estátua do seu ídolo. Seu grito de dor chamou a atenção da esposa de um sacerdote, que o socorreu. Algum tempo depois, a polícia levou Aswini ao hospital, onde foi imediatamente operado. Quando seu pai chegou no dia seguinte, só abraçou seu filho. Não o xingou nem o repreendeu pelo que tinha feito. Apenas disse que o rapaz era maluco e que tudo iria ficar bem. Os médicos explicaram que Aswini voltaria a falar em alguns meses e que o resto de sua língua iria se readaptar para articular as palavras.

A Bíblia deixa bem claro: “Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios” (1 Co 10.19-20).

É muito triste que um jovem de origem humilde tenha feito algo assim. Desprezado pelos conhecidos, impelido pelas religiões ao seu redor, movido pela esperança de uma vida melhor e em busca de atenção e afeto, Aswini se dispôs a um sacrifício dolorido. Mas, por trás desse gesto está toda a cruel realidade do demonismo, da fúria destrutiva de Satanás, de seu engano e de suas impiedosas mentiras.

O demonismo que está por trás dos ídolos é que impele as pessoas a atos tresloucados.

O jovem fez uma longa viagem e se dispôs a sacrificar um pedaço de sua língua a um deus que, por engano, cortou a cabeça do filho de sua mulher, dando-lhe em troca uma cabeça de elefante. Que deus é esse que se engana dessa forma e nem percebe estar matando seu próprio enteado? Na verdade, esses ídolos não são capazes de coisa nenhuma, pois não podem absolutamente nada, nem mesmo agir por engano:

“No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada. Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a ele os que os fazem e quanto neles confiam” (Sl 115.3-8).

O demonismo que está por trás dos ídolos é que impele as pessoas a atos tresloucados como o desse jovem indiano. Muitos sofrem com compulsões demoníacas por buscarem sua salvação nos lugares errados, ao invés de procurarem auxílio em Deus, que se revelou em Jesus Cristo e quer ajudar a cada um em qualquer situação.

Como é diferente desses falsos deuses aquilo que Pedro diz de Jesus: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6.68). Suas palavras poderiam ser transcritas assim: “Senhor, a quem poderíamos nos dirigir? Teria de haver alguém maior do que Tu! Mas não há ninguém. Tua grandeza suprema se mostra não em símbolos nem em sinais e milagres, mesmo que estes Te acompanhem, mas naquilo que Tu dizes e com o que Tu nos dás pela Tua Palavra. Tu tens as palavras da vida eterna, essa é a grande diferença. Ninguém do mundo visível ou invisível pode tentar comparar-se contigo. Ninguém é mais importante, mais consistente ou mais significativo do que Tu, e ninguém pode dar o que Tu dás. Diante de Ti todos os grandes deste mundo somem na insignificância. Por isso, está fora de questão para quem iremos e a quem nos dirigiremos com todo o nosso ser”.

Muitos sofrem com compulsões demoníacas por buscarem sua salvação nos lugares errados, ao invés de procurarem auxílio em Deus, que se revelou em Jesus Cristo e quer ajudar a cada um em qualquer situação.

No lugar de tentarmos ofertar alguma coisa a Deus tentando agradá-lO, foi Ele que se ofereceu em sacrifício através de Jesus Cristo (2 Co 5.18-19). Por meio desse sacrifício em nosso lugar recebemos o perdão dos nossos pecados e uma vida santificada, além de sermos considerados aperfeiçoados diante de Deus, em Jesus:

Perdão: “...agora... ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado” (Hb 9.26).

Santificação: “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas” (Hb 10.10).

Perfeição: “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” (Hb 10.14).

Quem aceita, de forma pessoal, pela fé, o sacrifício de Jesus, passa a usufruir de todo o agrado de Deus: “pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (1 Ts 1.9-10). (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br).

Notas:

1. Der Spiegel, 11/8/2008.

http://www.chamada.com.br/mensagens/descaminho_indias.html

domingo, 19 de abril de 2009

Autonomia da igreja

Discussão sobre autonomia da igreja local.

Informe-se no Informativo Batista, do meu amigo Vital Sousa.

Um resumo, abaixo, da discussão principal:


Pr. Luciano Estevam Gomes

PIB em Aracruz - ES: FUI EXCLUÍDO DA OPBB-ES!


Prezados irmãos,
Leiam com paciência e amor o enorme texto anexo que escrevi e os amados entenderão o motivo do meu apelo a OPBB. Mesmo porque o regimento não prevê apelação à própria Ordem que exclui.
Obs. Esperei a comunicação escrita até agora, mas amanhã terei assembléia na Igreja e alguns já me questionaram a respeito, não tendo condições de aguardar mais ainda este suplício.
Que Deus abençoe a todos.
Luciano Estevam Gomes

Pastor Titular da PIBARA
Primeira Igreja Batista em Aracruz - ES
prluciano@pibara.org.br - www.pibara.org.br


Leia Mais



http://www.projetoamor.com/news.php

O evangelho do entretenimento

Ótimo artigo do pastor Ciro Sanches Zibordi...

Ei-lo abaixo:

O evangelho do entretenimento

“Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (I Coríntios 14:26)

Nunca o mundo esteve tão religioso, e as igrejas tão mundanas. Não se faz mais distinção entre shows e cultos de “adoração”. Em algumas reuniões, os jovens utilizam gritos característicos das torcidas de futebol, como “Ê-ô, ê-ô, Jesus Cristo é o Senhor!” ou “Eu já falei, vou repetir, é Jesus Cristo que comanda isso aqui!”, além de dançarem ao som de ritmos pra lá de vibrantes.

Há igrejas cujo púlpito é uma prancha de surf, freqüentadas por jovens que, nos “cultos”, vestem bermudas, calçam chinelos de dedo, além de exibirem tatuagens e piercing. Para arrecadar fundos extras, algumas denominações realizam festas similares às juninas, permitindo que seus membros dancem quadrilha no “arraiá evangélico”. E há até igrejas que promovem uma espécie de Halloween – dia das bruxas –, alterando o nome para Elohin!

O que é o evangelho do entretenimento?

O evangelho do entretenimento tem transformado os cultos de Deus em meros ajuntamentos para pular, gritar, dançar, assobiar, fazer “trenzinho”, cantar, cantar e cantar. Trata-se de um evangelho “sem limites”, que pode ser comparado ao “fermento” de Herodes (Marcos 8:15) – os herodianos eram liberalistas, modernistas, secularistas, irreverentes e contextualizadores.

Nos “cultos-shows” não há espaço para a exposição da Palavra de Deus. Em muitas dessas reuniões de “adoração extravagante” – expressão muito em voga na atualidade –, a pregação, quando ocorre, é uma rápida palestra motivacional, voltada para o bem-estar dos espectadores, e não uma exposição da sã doutrina. Tudo é feito a fim de agradar e entreter a “galera”.

Fico imaginando como Paulo reagiria, em seu tempo, se os crentes fossem aos cultos em busca de entretenimento. Ele, que sempre combateu a desordem, deu as seguintes instruções sobre a Ceia do Senhor: “…se algum tiver fome, coma em casa, para que não vos ajunteis para condenação” (I Coríntios 11:34). E, quanto aos dons espirituais, enfatizou: “…faça-se tudo decentemente e com ordem” (I Coríntios 14:40).

Muitos músicos, em nossos dias, orientados pelos propagadores desse falso evangelho – essencialmente comercial e também voltado para as preferências humanas –, imitam os intérpretes mundanos, secularizando cada vez mais a liturgia do culto. Mas Deus não mudou; a Sua Palavra é a verdade. E nela está escrito: “Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus…” (Eclesiastes 5:1).

Comecemos pela música

É impossível imaginar o mundo sem a música. Ela está presente em todos os lugares: rádio, televisão, cinema, discotecas, atividades políticas e cívicas, eventos sociais ou desportivos, comemorações, funerais, etc. A música, além de ser a linguagem universal da humanidade, é uma ciência e uma arte. Daí o salmista ter dito: “…tocai bem [técnica] e com júbilo [arte]” (Salmos 33:3).

O vocábulo latino musica vem do grego mousiké, “a arte das musas”. Na mitologia grega, há nove musas que patrocinam as ciências e as artes. Calíope (poesia épica), Clio (história), Euterpe (música), Melpômene (tragédia), Tália (comédia), Urânia (astronomia), Érato (poesia amorosa), Terpsícore (dança) e Polímnia (hinos).

Segundo o dicionário da língua portuguesa, a música é a arte e a técnica de combinar sons de maneira agradável ao ouvido. Agradável, não em relação ao gosto musical, mas no que diz respeito aos bons efeitos que ela deve causar ao ouvido humano. Para isso, a música precisa ser composta de emissões vibratórias com freqüências bem definidas, que podem ser capturadas pelas limitações fisiológicas do ouvido.

Para o seguidor de Cristo, a música é muito mais que uma ciência, uma arte ou forma de expressão. É um meio pelo qual se adora ao Senhor, seja através dos cânticos, seja mediante a execução de instrumentos (Salmos 150). Como servos de Deus, devemos cantar ao Senhor um cântico novo e adorá-Lo na beleza de Sua santidade (Salmos 96:1,9).

Acredite se quiser!

Estilos musicais como o rock exigem um elevado volume de som. E o nosso ouvido não suporta altos níveis de ruído. Como a intensidade de som – medida em decibéis – aumenta de forma logarítmica, e não aritmética, um simples aumento de três decibéis implica em dobrar a intensidade do som. Como comparativo, um aspirador de pó chega a produzir oitenta decibéis; já uma turbina de avião, 120.

Já se constatou, por meio de estudos científicos, que o ouvido humano pode suportar, sem prejuízo auditivo, as seguintes taxas: a 111 decibéis, quase quatro minutos; a 120, cerca de 28 segundos; a 129, quase quatro segundos; e q 138 decibéis, o ouvido suportaria menos da metade de um segundo! Não é por acaso que há várias pessoas com deficiência auditiva.

Em algumas cidades brasileiras, as reclamações a respeito do barulho nas igrejas são tantas, que levaram as prefeituras a obrigar as instituições e espaços destinados a cultos religiosos a ter dispositivos de proteção acústica (bloqueadores de ruídos), prometendo multar, cassar a licença, retirar equipamentos sonoros ou até fechar os estabelecimentos em que o barulho ultrapasse os limites para cada zona e horário. Devemos encarar isso como uma perseguição aos evangélicos?

Alguns estilos são hipnóticos – isso em razão da pouca variação rítmica e da repetição de palavras, que criam um estado emocional tal que a mente deixa de funcionar normalmente. Há experiências sérias sobre hipnose e ritmo que comprovam o quanto certos estilos podem destruir o mecanismo inibitório normal do córtex cerebral, permitindo fácil aceitação da imoralidade, bem como o desrespeito de normas morais. 2

A guitarra rítmica, quando distorcida, confere carga emocional e agressividade à música. A guitarra solo, ao acentuar os sons graves e reforçar os agudos, prolongando-os, gera suspense, tensão e expressividade adequados para levar os ouvintes ao delírio. E a bateria, quando tocada de modo exagerado, tira o ouvinte a capacidade de raciocinar normalmente. Acredite se quiser!

Salmos, hinos e cânticos espirituais

Em Colossenses 3:16, está escrito: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração”.

Salmos – eram os mesmos contidos no Antigo Testamento, transformados em hinos de adoração.

Hinos – eram as composições de louvor a Deus e ao Senhor Jesus Cristo cujas letras não tinham sido extraídas do livro de Salmos.

Cânticos espirituais – englobavam uma gama maior de composições líricas, inclusive os outros dois tipos mencionados. Considerando que cântico é o encontro entre a voz, a música e a letra, quando esses três elementos são consagrados a Deus e aceitos por Ele, temos um cântico espiritual.

Para termos a certeza de que o Senhor se agrada de um cântico (voz, música e letra), devemos submetê-lo ao crivo de Filipenses 4:8. É verdadeiro? É honesto? É justo? É puro? É amável? É de boa fama? Há nele alguma virtude e algum louvor? Tudo o que fazemos deve ser para a glória de Deus (I Coríntios 10:31).

É boa a fama do rock? Desde a sua origem, esses estilo está relacionado com imoralidade e drogas, ocultismo, drogas, e violência. Basta lembrarmo-nos do slogan “Sexo drogas e rock and roll”. E o que dizer dos estilos como funk, reggae, axé, hip-hop, samba e forró? Procure conhecer um pouco da história desses estilos antes de pensar que sou extremista.

Melodia, harmonia e ritmo, nessa ordem!

Existem três maneiras de se ouvir música:

Com o corpo – quem ouve com o corpo se deixa dominar pelo “embalo” da música.

Com a emoção – quem ouve emotivamente permite que a música comande os seus sentimentos e emoções.

Com o intelecto – essa é a forma correta de se ouvir, sabendo discernir a música. E isso só é possível quando não se prioriza o ritmo. O culto a Deus deve ser espiritual e, ao mesmo tempo, racional (João 4:24; Romanos 12:1; I Coríntios 14:15).

Muitos crentes cantam e tocam sem louvar ao Senhor, como acontecia nos dias do profeta Isaías (29:13). As palavras de louvor devem nascer em um coração preparado (Salmos 57:7), mas somente as letras cristãs e bíblicas não são suficientes para tornar um cântico apropriado para o louvor. Lembre-se de que o cântico só é espiritual quando todos os seus elementos (voz, letra e música) o são.

A música é formada por três elementos:

Melodia – sucessão ascendente e descendente de sons a intervalos e alturas variáveis, formando um fraseado; é adornada pela harmonia e acentuada pelo ritmo, embora possa ser compreendida isoladamente.

Harmonia – combinação de sons simultâneos, emitidos no mesmo instante, tendo como base a tonalidade; e como princípio gerador a estrutura do acorde.

Ritmo – Sucessão regular de tempos fortes e fracos cuja função é estruturar uma obra musical.

Esses três elementos, intrínsecos na música, se relacionam com o homem, que também é tripartido: espírito, alma e corpo. Nesse caso, o elemento mais importante da música, a melodia, relaciona-se com a parte mais profunda do ser humano, o seu espírito. E assim por diante.

Assim, o estilo musical apropriado para o cântico de adoração é o que tem como essência a melodia, pois é ela que se relaciona com o espírito (João 4:23,24). Há estilos carregados de agressividade e barulho, que apenas balançam o corpo, e não o coração, porque são rítmicos ao extremo; isto é, priorizam o ritmo, e não a melodia.

Melodia – relaciona-se com o espírito.
Harmonia – relaciona-se com a alma.
Ritmo – relaciona-se com o corpo.

Infelizmente, é uma tendência do ser humano inverter as prioridades. De acordo com I Tessalonicenses 5:23, Deus nos santifica a partir do espírito. Mas muitos ignoram isso e, como se o versículo dissesse: “corpo, alma e espírito”, priorizam o corpo. Meditemos no que Paulo, inspirado pelo Espírito, disse aos gálatas: “Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” (Gálatas 3:3).

Música profana na Casa de Deus?

Conquanto a música, uma das primeiras artes da civilização, seja atribuída a Jubal, filho de Lameque (Gênesis 4:21), ela teve origem no Criador (Jó 38:7). Os seres angelicais ocupam-se da adoração a Deus por meio da música (Lucas 2:13,14; Apocalipse 5:7-14). Na terra, o cântico com música sacra é uma das tarefas mais sublimes dos servos do Senhor (Salmos 149:1). E o louvor continuará sendo executado por toda a eternidade: “… o seu louvor permanece para sempre” (Salmos 111:10).

Entretanto, nesses últimos dias, até a música secular está corrompida. Estilos românticos, sentimentais, artistas e folclóricos dão lugar a agressivos, frenéticos, lascivos e erotizantes, como o funk dos morros cariocas até o axé baiano. Essa deturpação diabólica, infelizmente, atinge as igrejas. E a música sacra vem sendo submetida a uma dessacralização – isso é uma forma de apostasia da fé (I Timóteo 4:1).

Dessacralização é o ato ou o efeito de subtrair o caráter sagrado. É sinônimo de profanação (II Timóteo 3:2; Hebreus 12:6). No caso da música sacra, é desprovê-la dos elementos relacionados com o louvor a Deus, tornando-a vulgar, secular, mundana, como qualquer outra, chamando a atenção para os músicos e cantores, e não para Jesus, o único digno de louvor (Salmos 48:1). Lembre-se de que o Senhor habita entre louvores, e não entre os cantores e músicos (Salmos 22:3).

Embora Deus seja o autor da musica, isso não significa que todos os estilos musicais sejam dEle. A música é como o alfabeto. Por meio dele escrevem-se – com as mesmas letras – mensagens boas ou ruins; cristãs ou satânicas. Da mesma forma, compõe-se, com as mesmas notas, músicas próprias para o louvor ou impróprias; sacras ou profanas.

Joanyr de Oliveira, com muita criatividade, abordou essa questão da dessacralização da música:

A casa de Deus, Música Profana, não lhe pertence, não é o seu lugar. Seu lugar é nos palcos, nos auditórios de emissoras, nos vídeos, mas nunca e nunca nos templos onde se devem ouvir os límpidos cânticos espirituais e harmonias solenes e inspiradoras ao louvor de Deus, “na beleza da sua santidade”…

Por enquanto ainda somos compelidos (e constrangidos) a lhe dirigir parabéns pelos seus extraordinários triunfos, Música Profana. Mas Deus há de permitir que, em futuro próximo, possamos dizer em alto e bom som: A Igreja do Senhor venceu a Música Profana, que retornou aos salões de baile e aos auditórios seculares, de onde nunca deveria ter saído. 3

Vale tudo?

Uma das desculpas para se usar músicas “pesadas” é a de que elas atraem a juventude. De fato, a música é uma ferramenta poderosa para a comunicação do evangelho (Salmos 105:2; I Pedro 2:9). Todavia, ao se empregar estilos como rock, funk, reggae, forró, etc., a mensagem é comunicada da forma como as pessoas querem ouvi-la, e não da maneira como precisam ouvi-la. Lembre-se de que Jesus disse: “…negue-se a si mesmo” (Lucas 9:23).

Se, por um lado, as músicas “pesadas” atraem, por outro, devido às suas características, impedem que a mensagem chegue clara aos ouvidos das pessoas. John Blanchard, ao falar sobre o poder hipnótico do rock, disse:

Qualquer meio de apresentação que induza à perda do autocontrole ou consciência e torne o ouvinte incomumente susceptível a quaisquer sugestões feitas pela letra da música é certamente perigosa, e acabará por estimular uma resposta, em vez daquilo que Deus requer, que O adoremos “em espírito e em verdade” (João 4:24). 4

Muitos jovens podem até ir à frente de um palanque ou seguir a carros de som, por causa dos estilos musicais e das danças ali apresentadas. No entanto, conforme se infere de I Coríntios 14:26, o louvor (salmo) deve servir de preparação para a exposição da Palavra de Deus (doutrina).

Os defensores do evangelho do entretenimento afirmam que o mundo mudou, e as pregações modernas devem se adaptar às mudanças que vêm ocorrendo. O suposto embasamento para isso está em I Coríntios 9:22: “Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar a alguns”.

Não podemos, entretanto, interpretar essa frase de Paulo de forma exagerada, valendo-nos dela para justificar toda e qualquer atitude. O próprio apóstolo não se faz judaizante para ganhá-los; antes, reprovou a atitude de Pedro, que agira de forma “política” em relação a eles (Gálatas 2:14). Todas as coisas nos são lícitas, mas nem todas convêm (I Coríntios 6:12).

É preciso pular dentro de um barco para tirar alguém de lá? Ora, para ganhar os apreciadores de funk não é necessário agir como eles. Para alcançar os sambistas, não é preciso sambar no carnaval. Não é a identificação com o mundo que convence os pecadores, e sim a ação do Espírito (João 16:8). Quando nos associamos ao mundo, perdemos nossa identidade de povo separado (II Coríntios 6:14-17). Devemos ser sociáveis, e não complacentes ou coniventes com o pecado (Salmos 1:1).

Não devemos nos isolar das pessoas, dando a entender que somos perfeitos em absoluto (Filipenses 2:15). Isso, inclusive as irrita. No entanto, quando o mundo dá um passo em nossa direção, e nós o abraçamos, aceitando passivamente os seus entretenimentos, como poderemos mudar a sociedade? Uma igreja que faz as pazes com o mundo não consegue mudá-lo.

Por isso, os salvos em Cristo devem ter um diferencial, a fim de que haja o contraste entre a luz e as trevas (Mateus 5:14-16). Por que Jesus reprovou a igreja de Laodicéia? Porque não era nem fria nem quente (Apocalipse 3:15,16); isto é, não exercia nenhuma influência sobre a sociedade. O você, é um crente frio, quente ou morno?

Ah… Deus não gosta de shows?

Os shows se caracterizam por som alto e dançante, luzes coloridas, gelo seco, roupas extravagantes ou sensuais, paquera, linguagem chula, dança e muita diversão. Por incrível que pareça, há cultos ditos evangélicos em que toda essa parafernália está presente! Torna-se cada vez mais comum o emprego de elementos característicos dos shows em cultos “evangélicos”.

Em um artigo intitulado Show não é culto, o pastor Martim Alves da Silva, da Assembléia de Deus em Mossoró, Rio Grande do Norte, afirmou:

No culto, a pessoa mais importante é Deus; no show, é o artista. No culto a Deus ninguém paga, no show a entrada é mediante pagamento. No culto, Deus está presente; no show, Deus se faz ausente, pois Sua glória não dá a outrem. No culto, o ministro de Deus soleniza as celebrações; no show o apresentador é condescendente à desenfreada desordem. No culto, o povo glorifica a Deus; no show, só gritos e assobios para o artista. No culto, o povo reverencia a Deus em adoração; no show, só há bagunça incontrolável. 5

Como deve ser o verdadeiro culto a Deus? Deve caracterizar-se pelos elementos apresentados em I Coríntios 14:26: “Que fareis, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação”. Não está escrito: salmo, salmo, salmo, salmo e salmo! Está escrito: salmo (cântico), doutrina (Palavra de Deus), revelação, língua e interpretação (Dons do Espírito).

Nos dias do rei Ezequias, houve um grande reavivamento na área do louvor (II Crônicas 29). Ele começou a reinar em Judá aos 25 anos e fez o que era reto aos olhos do Senhor: abriu as portas da Casa de Deus, ajuntou os sacerdotes e levitas, ordenou que todos se santificassem, celebrou a páscoa, etc. (versos 2-20).

O louvor a Deus, naqueles dias, possuía as seguintes características:

Deus no controle. O louvor e a música davam-se por mandado do Senhor, e não por iniciativa humana (verso 25).

Ordem. Tudo era feito com ordem e decência (verso 26).

Submissão. Os músicos e cantores obedeciam ao líder (verso 27).

Preparação. Todos estavam preparados para o louvor (verso 27).

Reverência. Havia muita reverência, prostração e adoração profunda no momento de louvar a Deus (versos 28-30).

Renovação. Não havia espaço para más inovações e as imitações do mundo. Todos louvavam a Deus com as palavras de Davi e de Asafe, recuperando o que haviam perdido ao se distanciarem do Senhor (verso 30). Ao contrário do que muitos pensam, renovação implica reconquistar o que foi perdido, e não buscar inovações contrárias ao que havíamos recebido (Lamentações 5:21; Provérbios 24:21; Jeremias 6:16).

Alegria. Muita alegria (verso 30). Não era uma alegria carnal, com liberdade de movimentos corporais; todos estavam inclinados, prostrados diante de Deus.

Tenhamos, pois, temor e tremor na Casa do Senhor (Salmos 2:11). Deus quer de nós o “culto do coração”, e não o “culto da carne em ação” (Isaías 29:13). O templo não é um lugar para desfiles de celebridades, danças, “trenzinhos”, luzes coloridas, som “pesado”, assobios, etc. Não se precipite em pensar que estou sugerindo que os nossos cultos sejam reuniões sem vida, similares às missas. Não! Porém, precisamos ter reverência na Casa de Deus (Mateus 21:1-13).

Adoração extravagante?

Segundo o Dicionário Michaelis, “extravagância” significa: “Qualidade daquele ou daquilo que é extravagante; excentricidade; esquisitice; estroinice; dissipação; libertinagem”. Mas o adjetivo “extravagante” tem sido usado para definir aquela “adoração espiritual” sem amarras, livre, que permite todos os estilos musicais, danças, coreografias, gritos frenéticos, assobios, etc., desde que o coração dos cantores, músicos e dançarinos estejam voltados para Deus.

De acordo com Robert L. Brandt, a palavra “adoração” denota “reverência”, “temor ao Senhor” e “veneração”. Trata-se de uma demonstração de grande amor, devoção e respeito; implica homenagem a Deus. 6 A adoração estabelece o tom para o louvor, fazendo aquele que está cantando fixar o pensamento na Pessoa a quem se dirige e considerar os seus atributos e interesses.

Há como “casar” adoração e extravagância? É claro que essa expressão, em decorrência da secularização de muitas igrejas, é mais do que aceita no meio evangélico. Contudo, gostaria que você refletisse um pouco sobre a grande incompatibilidade que há entre esses dois elementos.

Não julgo se os executores da tal “adoração extravagante” são ou não crentes espirituais. Tampouco os julgo quanto à sua convicção interior. Mas é bom lembrar que os homens-bomba, seguidores do Islã, também matam e matam-se cheios de certeza. Por isso, precisamos refletir com base no que a Bíblia diz, e não à luz de nossas preferências ou convicções pessoais.

Alguns pretensos ministros de louvor – ou de entretenimento? –, tal como os animadores de um carnaval, em cima de trios elétricos, têm divertido a “moçada”. Uma influente líder de adoração declarou à revista Veja: “Nós não fazemos entretenimento. Queremos que as pessoas se divirtam, mas louvando ao Senhor, e não a nós”. 7 Confesso que admiro em parte o trabalho dessa jovem compositora, porém a sua declaração foi infeliz. O louvor a Deus nunca deveria produzir diversão!

De acordo com a Bíblia, toda gritaria deve ser tirada do nosso meio (Efésios 4:31), exceto as palavras de glorificação a Deus (Salmos 29:9). Jesus disse que a verdadeira adoração deve ser “em espírito” (João 4:23,24). Ou seja, ela não é, em essência, uma manifestação do corpo, e sim do coração (Salmos 57:7; Efésios 5:19; Colossenses 3:16). O que agrada a Deus, antes de tudo, é o espírito quebrantado, e não as manifestações sonoras ou gestuais (Amós 5:23; Isaías 29:13).

Se a adoração não é uma manifestação exterior, e sim do interior, como associá-la à liberdade de movimentos do corpo? A posição corporal que denota submissão e adoração a Deus, em espírito, não deve ser extravagante, e sim reverente. “E Esdras louvou ao Senhor, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém, Amém! levantando as suas mãos; e inclinaram suas cabeças, e adoraram ao Senhor, com os rostos em terra” (Neemias 8:6).

Que tal substituir “adoração extravagante” por “adoração reverente”?

Dançar ou não dançar? Eis a questão!

As danças (não apenas a coreografia, que também é uma forma de dança) já fazem parte da liturgia de muitas igrejas. Para alguns pastores e ministros de louvor o culto a Deus não seria completo sem essas manifestações corporais. “Os mandamentos de Salmos 149:3 e 150:4“, justificam, “são mais do que claros. Além disso, Miriã e Davi dançaram”.

Devemos analisar as referências acima com cuidado, à luz do contexto do Antigo Testamento, levando em conta os destinatários originais, os israelitas: “Alegre-se Israel naquele que o fez, regozijem-se os filhos de Sião no seu Rei” (Salmos 149:2). Além disso, o termo hebraico empregado em ambas as passagens foi traduzido por “flauta”, em algumas versões da Bíblia. Não há, pois, nessas passagens, apoio à introdução de danças no culto a Deus.

A dança, para os israelitas, sempre esteve associada à alegria, figurando como o contrário de pranto (Eclesiastes 3:4; Lamentações 5:15). Quando o povo de Israel atravessou milagrosamente pelo meio do Mar Vermelho, a alegria da profetisa Miriã foi tão grande, que tomou um tamborim e pôs-se a dançar (Êxodo 15:20). A filha de Jefté, sabendo da vitória que Deus concedera a seu pai, recebeu-o com adufes e danças (Juízes 11:34). E Davi ficou tão alegre com o retorno a arca do Senhor, que também dançou (II Samuel 6:14).

Em Salmos 9:2, está escrito: “Em ti me alegrarei e saltarei de prazer, cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo”. Este versículo mostra que podemos, em momentos de extrema alegria, saltar de prazer na presença de Deus. Mas a “adoração” que temos visto em nossos dias não tem nada de espiritual. Os jovens agem como se estivessem em um baile mundano, sem nenhuma reverência.

Miriã, Davi e outros dançaram e saltaram num momento de extrema alegria, de felicidade incontrolável. É plenamente compreensível o fato de uma pessoa dançar (do grego orcheõ, “saltar com regularidade de movimento”) 8 de felicidade, como aconteceu com o ex-coxo que ficava à entrada do Templo, em Jerusalém (Atos 3:8). Entretanto, movimentar-se num momento de grande alegria não equivale, em hipótese alguma, a dançar sob ritmos eletrizantes.

“E o ministério da dança?” – alguém poderá perguntar.

Ministério da dança?

Em todo o Antigo Testamento, não há menção à dança acompanhada de música dentro do Templo. Até mesmo Davi, que teve a iniciativa de dançar ao recuperar a arca do Senhor (II Samuel 6:16), em nenhum momento incentivou esta prática. Ele e Asafe organizaram o ministério do louvor com músicos e cantores (I Crônicas 25:1-7).

Se Davi e Asafe – considerados os principais artífices da organização primitiva da música cultual – acreditassem que a dança, de fato, era importante no culto, teriam estabelecido cantores, músicos, dançarinos e coreógrafos…

Ao falar da adoração, Jesus apenas disse: “Deus é Espírito, e importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade” (João 4:24). Paulo falou do dever universal de louvar a Deus nos seguintes teremos: “Louvai ao Senhor, todos os gentios, e celebrai-o, todos os povos” (Romanos 15:11). O autor de Hebreus, ao mencionar o sacrifício de louvor, nada falou sobre dança (Hebreus 13:15). E Tiago se limitou a dizer que, quando nos sentirmos alegres, devemos cantar louvores (Tiago 5:13).

João, que contemplou um pouco da adoração celestial, não viu nenhuma forma de louvo com dança (cf. Apocalipse 4 e 5), a menos que alguém queira entender como uma coreografia a movimentação reverente dos 24 anciãos que se prostraram diante do Senhor, dizendo: “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque Tu criaste todas as coisas, e por Tua vontade são e foram criadas” (Apocalipse 4:11).

Ns páginas do Novo Testamento, os Evangelhos mencionam a dança da filha de Herodias perante o perverso Herodes (Mateus 14:6; Marcos 6:22) e as analogias de Jesus em que as danças simbolizam alegria (Mateus 11:17; Lucas 15:25). Essas ocorrências também não servem de base para se introduzir qualquer tipo de dança na Casa do Senhor.

Como tem sido a sua atitude em relação à dança? Você se aproveita de passagens interpretadas fora de contexto para “curtir” todos os estilos musicais e dançar, inclusive dentro da Casa de Deus, sem peso na consciência? O que vale é o que você pensa e a sua vontade de dançar? Não se importa em fazer isso? Receio que você não esteja em conformidade com a vontade de Deus. E isso não é nada bom. Ou você não se preocupa com isso?

É proibido proibir

O evangelho do entretenimento não se restringe a música profana e shows – estes são apenas reflexo da falta de compromisso com a sã doutrina. Também não existe nenhuma restrição ou orientação pastoral aos seguidores desse evangelho quanto à linguagem, ao traje e ao comportamento. É proibido proibir. Chamam as proibições constantes da Bíblia de legalismo fanatismo, etc.

Há alguns anos, uma influente líder evangélica, em uma entrevista a um jornal de São Paulo, disse o que pensava sobre os jovens manterem relações sexuais antes do casamento: “Casei virgem e sou feliz. Biblicamente, é o que Deus ensina. Não vou dizer que sou contra, mas é meu conselho”. Não é difícil perceber que essa declaração foi dúbia e infeliz – sugere, de modo sutil, contrariando as Escrituras, que um casal pode relacionar-se sexualmente antes do casamento (I Coríntios 7:8,9; 6:18-20).

Essa conhecida líder cristã explicou ao jornal o motivo de ter resolvido fundar uma nova igreja: “Entrou um pastor muito doido…”, referindo-se ao dirigente da igreja que freqüentava; “…a gente saiu para curtir esse Deus do nosso jeito”. Observe como ela definiu com precisão o que é o evangelho do entretenimento; trata-se de um sistema de crença que se amolda aos desejos humanos: “curtir Deus do nosso jeito”.

Em Gálatas 5:1, está escrito: “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão”. Os crentes que seguem o evangelho do entretenimento invertem a tônica dessa passagem, interpretando-a como uma autorização para agirem livremente. Em vez de autorizar a adoção de costumes mundanos, que outrora praticávamos, a Palavra de Deus enfatiza que não podemos voltar a eles. Somos livres, não para pecar, mas para servir a Deus.

O crente pode agir com liberdade, porém não deve se esquecer de que o seu limite está na Bíblia (I Coríntios 6:12; 10:23; I Tessalonicenses 5:22; Tito 2:8; I Timóteo 2:9,10). Por isso, Paulo, inspirado por Deus, disse: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade” (Gálatas 5:13).

Verdade ou quantidade?

Medindo o sucesso apenas pela quantidade de membros, algumas igrejas deixaram de pregar o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo. Contentam-se em manter as pessoas, principalmente os jovens, como membros, mesmo que eles não sejam fiéis à sã doutrina. E, para isso, valem-se do entretenimento.

Os pecadores estão se afogando no mar do pecado. O que é a igreja de Cristo, um barco cheio de diversão e entretenimento, ou um navio cheio de salva-vidas? Precisamos nos conscientizar de que a missão é fazer discípulos (Mateus 28:19, ARA), e não apenas conquistar o maior número possível de seguidores nominais (Mateus 7:13,14).

Embora desejemos que os templos estejam cheios de pessoas, a busca pela quantidade, sem o compromisso com as Escrituras, é perigosa, como vemos nas citações abaixo, extraídas de um livreto que discorre sobre as estratégias para a realização de reuniões “evangelísticas”, segundo o evangelho do entretenimento:

… há muita adrenalina, unção, vibração, entusiasmo, gente bonita, amizades sinceras, guerra espiritual, entretenimentos, colheitas fartas, influência positiva, mudança de valores, quebra de paradigmas, coreografias, pulos de alegria, saltos de júbilo, louvor e adoração, teatro, estratégias tremendas de evangelismo…
Nada de longas e cansativas orações…
Precisamos adaptar as mensagens bíblicas às necessidades comuns do homem de hoje! Faz-se necessário contextualizar o ensino das Sagradas Escrituras à realidade existencial da juventude e da maturidade destes tempos…
O que um sermão levaria 45 minutos ou uma hora para conseguir fazer, quando consegue, uma canção muitas vezes transmite num único compasso ou acorde, eliminando em pouco espaço de tempo as barreiras…

Percebemos nas declarações acima graves desvios em relação aos princípios da Palavra de Deus. Os cultos são considerados reuniões de entretenimento em que tudo é permitido! Não há compromisso com a ética, e a oração é vista como “um peso”. As pregações são “contextualizadas”, a fim de agradar aos ouvintes. Ademais, fica clara a falta de interesse pela exposição da Palavra, uma vez que um acorde musical pode ser tão eficaz quanto uma mensagem de 45 minutos!

Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade?

Um dos atrativos para “segurar” a juventude é exatamente deixar de pregar a verdade, uma vez que esta afasta aqueles que não querem segui-la (João 6:60-69; Lucas 9:23). A palavra de ordem é “facilitar”. Contudo, de acordo com Mateus 7:13,14, não adianta alargar a porta. O caminho permanecerá estreito!

Isso nos remete ao que as Escrituras dizem em II Timóteo 4:3 (ARA): “… haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos”. Por isso, Jesus, em seu ministério terreno, mais pregou do que cantou. É por meio da exposição da Palavra que recebemos iluminação, entendimento e fé (Salmos 119:130; Romanos 10:17), e não pela música.

Não nos deslumbremos com o caminho das facilidades (Mateus 7:13,14). Fujamos da secularização. Não sejamos insensatos como os gálatas, aos quais Paulo dirigiu uma difícil pergunta: “Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já representado como crucificado?” (Gálatas 3:1).

Seguidores ou fãs?

Não devemos confundir salvação com reintegração social. Não é preciso nem falar de Jesus para integrar jovens à sociedade, tirando-os do submundo das drogas. Algumas organizações não governamentais conseguem isso por meio da música, do esporte, etc. Mas, e o novo nascimento, sem o qual ninguém entrará no céu?

Madre Tereza de Calcutá tem sido elogiada e honrada até por líderes evangélicos em todo o mundo. E ela merece ser honrada por seu denodado serviço ao povo de Calcutá. Não obstante, ela não pregou o verdadeiro evangelho de Cristo às almas perdidas! Aliás, ela sequer o conhecia! Da mesma forma, Cornélio, apesar de piedoso, temente a Deus, altruísta e um homem de oração, não era salvo (Atos 10:1,2).

Salvação é muito mais que fazer parte de uma denominação “contextualizada”! Participar de “marchas”, divertir-se à vontade com a “moçada” e usar camisetas com frases do tipo “Estou apaixonado” não garantem a salvação a ninguém! Não tenho nada contra a exibição de mensagens em camisetas, mas ser salvo é muito mais do que isso! É necessário nascer de novo, por obra do Espírito Santo (João 3:3; Tito 3:5,6), e renunciar-se a si mesmo, para seguir a Cristo (Lucas 9:23). Você está disposto a isso? Ou prefere ser apenas um fã de Jesus?

Aliás, de uns tempos para cá, ornou-se uma mania dizer e cantar: “Estou apaixonado por Jesus”. É claro que tal expressão é empregada com o intuito de demonstrar amor ou adoração a Jesus. Entretanto, adoração é muito mais do que paixão!

A paixão é irracional, ao contrário do nosso culto de adoração a Deus (Romanos 12:1).

A paixão é passageira e não leva em conta princípios; a adoração deve ser perene e verdadeira (João 4:24).

A paixão é apenas um sentimento que não passa da alma; a adoração envolve a parte mais profunda do ser humano: o seu espírito (Lucas 1:46,47; Salmos 57:7).

A paixão é um sacrifício que pode ou não ser correspondido; a adoração – verdadeira – nunca fica sem uma resposta da parte do Senhor (II Crônicas 7:14,15).

A paixão muda de objeto; ou seja, é possível se apaixonar por um e por outro, etc. Mas a adoração deve ser exclusivista: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele servirás…” (Mateus 4:10).

Na contramão

Antigamente, era comum ouvirmos pregações advertindo os crentes quanto aos desvios comportamentais apresentados no cinema e em programas de televisão. Pregava-se contra o álcool, o tabaco, os desvios morais e éticos, etc. Havia, ainda que de modo superficial, uma tentativa de separar a igreja do mundo. Hoje, muitos preferem andar de mãos dadas com o mundo.

No ano de lançamento desta obra, o grande avivamento da Rua Azuza, em Los Angeles (EUA), completa cem anos. Li um relato do pastor Frank Bartleman (1871-1936), um dos pioneiros daquele movimento, que me fez refletir sobre a atual realidade da igreja brasileira:

A “arca do Senhor” começou a se mover vagarosamente, mas com firmeza em Azuza. No princípio era carregada nos ombros dos sacerdotes indicados por Ele mesmo. Não tínhamos nenhuma “carroça nova” naqueles dias para agradar as multidões mistas e carnais. Tínhamos de combater contra satanás, mas a “arca” não era puxada por bois (bestas ignorantes). Os sacerdotes estavam “vivos para Deus”, através de muita preparação e oração.”

Os genuínos avivamentos não agradam asa “multidões mistas e carnais”. Não se deixe, pois, influenciar pela maioria. Prefira ser guiado pela Palavra de Deus, ainda que o tenham como persona non grata. Não foi o que aconteceu com Micaías, Jeremias, Ezequiel, João Batista, Jesus, Estevão e Paulo, e acontece com todos aqueles que não aceitam o abandono das verdades da palavra de Deus?

Imagine-se em uma estrada em que todos os veículos estão trafegando na contramão. O que acontecerá se você resolver trafegar na mão certa? Além de ficar com a impressão de que está na direção errada, todos os que de fato estão na contramão pensarão que estão certos! Essa é a estratégia do Adversário!

As igrejas se secularizam; e o mundo torna-se religioso. Não havendo diferença entre um e outro, qualquer que protestar contra o erro, ficará isolado! Mas, onde está o nosso diferencial? Somos a luz do mundo, ou a nossa luz se apagou? Como está a sua lâmpada? Ela ainda brilha nesse mundo tenebroso?

Arão ou Moisés?

Muitos líderes não entrarão no Reino de Deus porque não querem fazer a vontade do Pai (Mateus 7:21). E quem não faz a vontade do Senhor, restam-lhe apenas três alternativas: fazer a sua própria vontade, a do povo, ou a do Diabo. Não faça a vontade do povo! Não seja como Arão, que, diante da pressão dos que queriam um “culto diferente”, fez-lhes um bezerro de ouro (Êxodo 32:1-4).

Moisés, então, que fazia a vontade de Deus, tomou uma atitude: “E aconteceu que, chegando ele ao arraial e vendo o bezerro e as danças, acendeu-se o furor de Moisés, e arremessou as tábuas das suas mãos, e quebrou-as ao pé do monte, e tomou o bezerro que tinham feito, e queimou-o no fogo, moendo-o até que se tornou em pó; e o espargiu sobre as águas e deu-o a beber aos filhos de Israel” (Êxodo 32:19,20). Que Deus levante obreiros assim, zelosos, em nossos dias!

Lembre-se, pois, de que o mundo jaz no Maligno (I João 5:19, ARA), e que a amizade com ele é inimizade contra Deus (Tiago 4:4). Não faça como Demas que amou o presente século, isto é, o mundo (II Timóteo 4:10). E, como disse Paulo, que jamais pregaria esse evangelho do entretenimento, “… não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).

Qual é o seu referencial de liderança, Paulo ou Demas? Arão ou Moisés? Você é amigo do mundo ou do Senhor?

Espero que você não tenha ficado triste comigo, em razão da contundência com que tenho contestado esse evangelho do entretenimento. Afinal, como disse o imitador de Cristo:; “… persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo” (Gálatas 1:10).

Bibliografia

1. BLANCHARD, John, Rock in Igreja?!, Editora Fiel, p. 21.
2. MUGGIATI, Roberto, Rock, o Grito e o Mito, Editora Vozes, p. 122.
3. OLIVEIRA, Joanyr de, A Igreja que Desejamos, Editora Vida, pp. 36, 37.
4. BLANCHARD, John, Rock in Igreja?!, Editora Fiel, p. 17.
5. Jornal Mensageiro da Paz, número 1455, agosto de 2006
6. BRANDT, Robert L., BICKET, Zenas J., Teologia Bíblica da Oração, CPAD, p. 22.
7. Revista Veja, edição 1964 de 12 de junho de 2006.
8. Dicionário Vine, CPAD, p. 529.
9. Manual do Obreiro, número 35, CPAD, p. 15.

Ciro Sanches Zibordi é pastor na Assembléia de Deus em Cordovil, Rio de Janeiro e articulista. Autor dos livros “Perguntas Intrigantes que os Jovens Costumam Fazer“, “Adolescentes S/A“, “Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria“, “Erros que os Pregadores Devem Evitar” e “Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar”, todos editados pela CPAD.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Torne-se voluntário para evangelizar

No site da SBB tem um cargo voluntário que você recebe panfletos e distribui para evangelizar.
É muito legal e vale a pena conferir e associar-se.

http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=156

Folhetos são ótimos materiais de evangelismo...
Devemos tê-los sempre à mão!

Ressurreição de Cristo é fato histórico, diz o papa

Bento XVI diz que a ressurreição de Cristo é fato histórico

Cristãos devem reafirmar realidade da ressurreição contra teorias que negam seu acontecimento, acrescentou

Efe

CIDADE DO VATICANO - Bento XVI disse nesta quarta-feira, 15, que a ressurreição de Cristo é um fato "real, histórico e provado por testemunhas" e que isso deve ser reafirmado com força "porque também agora não faltam aqueles que tentam negar seu acontecimento com velhas teorias, apresentadas como se fossem novas."

O papa fez esse afirmação diante de mais de 40 mil pessoas que assistiram, na Praça de São Pedro, a sua audiência pública das quartas-feiras, em que cantaram "feliz aniversário", já que na quinta-feira, 16, Bento XVI faz 82 anos.

"É fundamental proclamar a ressurreição de Jesus de Nazaré como fato real, histórico e testemunhado por muitos. Dizemos isso com força já que em nosso tempo não faltam aqueles que tentam negar a historicidade, reduzindo a narração evangélica a um mito ou a uma visão dos apóstolos, recuperando e apresentando velhas teorias como novas e científicas", disse.

O papa acrescentou que a ressurreição não foi para Cristo um simples regresso à vida anterior, como ocorreu com Lázaro, mas a passagem a uma dimensão de vida completamente nova, "que implica toda a família humana."

A Ressurreição de Cristo, disse o pontífice, mudou a vida de suas testemunhas oculares e ao longo dos séculos mudou a vida de gerações inteiras de homens e mulheres que a acolheram com fé e testemunharam, pagando muitas vezes o preço de seu sangue e martírio.

Pastores vendiam em esquema de pirâmide

Pastores foram vendedores em golpe da pirâmide
(Quinta-feira, 2 de Abril de 2009)

O esquema de venda de contêineres que gerou prejuízo a milhares de pessoas contou com aliados de peso, sem os quais provavelmente seria bem menor: pastores de uma igreja evangélica na Grande Belo Horizonte. A operação, uma espécie de golpe da pirâmide denunciada pelo Estado de Minas em 13 de fevereiro, já levou a 277 ações apenas no Fórum de Contagem e gerou prejuízos hoje calculados acima de R$ 50 milhões, segundo advogados ouvidos pelo jornal.

Contêiner é o nome dado aos recipientes de metal ou madeira usados para o transporte de carga. Em linhas gerais, a empresa Brasil Container, com sede em Contagem, prometia ao cliente um investimento com rendimento mensal de 7%, acima do oferecido pelas mais conhecidas aplicações financeiras. O risco, aparentemente, era pequeno: o cliente comprava um contêiner por R$ 5 mil e fechava um contrato de aluguel do mesmo contêiner, pelo qual receberia todo mês R$ 350. Para a Brasil Container, o negócio era interessante pela possibilidade de realugar o produto a grandes empresas por um preço maior – de R$ 500, por exemplo. Como costuma ocorrer nos sistemas de pirâmide, tudo ia bem para todo o mundo, até que o dinheiro parou de brotar, os primeiros lesados começaram a reclamar e o esquema foi enterrado.

Um dos sócios da Brasil Container, Valério Lanna Cardoso, era, até o ano passado, obreiro (na hierarquia da igreja, abaixo do pastor) da Igreja Cristã Maranata, que reúne centenas de milhares de fiéis no país e é a maior igreja evangélica do Espírito Santo, onde foi fundada. Aproveitando-se da atividade e da proximidade com pastores, ele é acusado de vender os contêineres aos fiéis – pelo menos 600 deles teriam sido lesados pelo golpe, segundo o advogado criminalista Osmiler Kleber Sacchetto Guimarães, que vem acompanhando o caso.

A reportagem conversou com vários desses fiéis, que se dizem “traídos” e “decepcionados”. Nenhum, porém, quis se identificar – um deles, um aposentado que buscou o investimento para ajudar no tratamento do câncer do filho, chegou a concordar em tirar foto e apresentar-se, denunciando um prejuízo de R$ 12.040. Mudou de ideia em seguida, alegando “medo”.

Não há, entretanto, razão para acreditar em culpa da Maranata, como instituição religiosa. Três pastores identificados na venda de contêineres foram imediatamente expulsos da atividade, segundo o secretário-geral da igreja na região metropolitana, Marco Antônio Picone Soares. Tão logo percebeu que membros estavam prometendo um investimento que garantia 7% de ganho por mês, Soares diz ter convocado Valério Lana para uma conversa, na qual foi informado que a Brasil Container exercia suas atividades legalmente. Posteriormente, reuniu todos os obreiros e alertou sobre os riscos do investimento. “Por fim, quando descobrimos que pastores nossos estavam participando das vendas, informamos a todos que não tínhamos nada a ver com isso e os afastamos da atividade”, diz o secretário-geral da Maranata.

A venda dos contêineres era feita geralmente depois dos cultos. O pastor/vendedor se apresentava como trabalhador da Brasil Container e elogiava os altos rendimentos da aplicação. “Tem um culto às 18h30 que ajudou nas vendas”, diz um dos fiéis ouvidos pelo Estado de Minas. “O problema é que colocamos a religião acima de qualquer coisa e não queremos prejudicar a Igreja.” Ele chegou a vender o carro e investiu os R$ 18 mil obtidos nos contêineres. “Meu irmão, também evangélico, perdeu R$ 44 mil. Um amigo meu, R$ 240 mil. Todos compraram de pastores da Maranata.”

“A verdade é que a Maranata, acima de tudo, foi usada”, diz o advogado Délio Malheiros, que também acompanha o caso. “A imagem fica um pouco arranhada, mas pelo menos agiu afastando os pastores das atividades.” José Geraldo das Neves é um desses clérigos afastados. Ele reconhece que trabalhou na Brasil Container, mas também informa que está entrando com ações na Justiça contra a empresa, inclusive na área trabalhista. “A Maranata é séria, teria de fazer isso mesmo (optado pelo afastamento dos pastores)”, diz Neves. Ele alega que nunca escondeu o trabalho fora da igreja: “Até porque todos os pastores, que não são remunerados, têm uma atividade secular”. E que nunca usou da autoridade conferida pelo fato de ser religioso para incrementar as vendas: “Quem comprou é maior de idade e investiu porque quis”. José Geraldo das Neves, porém, admite o arrependimento: “Entrei numa canoa furada”.

Israel Felipe da Silva também era pastor e não é mais. Segundo fiéis da Maranata, embora tenha ganhado dinheiro nas comissões de vendas, também perdeu muito como investidor nos contêineres. “Eu não era bem vendedor, era uma espécie de consultor, um contato para a empresa”, diz. Mas recebia comissões? “Vou ser sincero, sim.” Israel Silva diz ter uma aplicação de mais de R$ 200 mil bloqueada pela companhia de Contagem.

Ildeu Martins, segundo fontes, seria outro religioso que valeu-se da atividade para vender a aplicação financeira. Maurício da Costa, ex-obreiro da Maranata, seria um dos que mais ativamente envolveram-se no negócio. Como em outras vezes, o Estado de Minas tentou falar com a Brasil Container, mas não obteve êxito. Nenhum dos antigos colegas de religião de Valério Lanna Cardoso, por sinal, sabe de seu paradeiro.

O prejuízo não poupou nem pastores da própria Maranata, como José Rosa. Ele comprou seis peças, pelas quais pagou R$ 30 mil. Conseguiu de volta R$ 15 mil. “Para mim, o prejuízo maior foi a consideração que tinha por aquelas pessoas, que queriam dinheiro, mas sem mostrar prudência”, diz José Rosa. “O maior problema foi usar o nome da Maranata. O outro lado acaba pensando que a igreja tinha algo a ver com aquela venda.”

A educação sexual dos pastores

por Edvar Gimenes de Oliveira
Pastor na Igreja Batista da Graça, Salvador, BA

http://blogdoedvar.blogspot.com/

Se abordar o assunto sexo em igreja ainda deixa muita gente vermelha - umas de vergonha, outras de raiva - relacioná-lo a pastores, para alguns, é motivo de pânico, afinal, no imaginário evangélico popular, pastor seria um ser angelical, portanto destituído de gênero. Temos, entretanto, pelo menos dois bons motivos para tratar o assunto com mais seriedade.

Primeiro, porque o número de pastores envolvidos em problemas de natureza sexual é maior do que imaginamos. Ouvimos muito dos problemas de padres americanos acusados de abuso sexual, mas poucos sabem que nos Estados Unidos é tão grande a quantidade de pastores acusados, inclusive batistas, que já existe uma organização de vítimas de abuso praticado por pastores, a “Survivors Networks of those Abused by Priests” – SNAP.

O segundo motivo tem a ver com a maneira como líderes religiosos pensam e ensinam assuntos relacionados à sexualidade, como, por exemplo, questões de gênero, homossexualidade, abstinência ou masturbação. Nesse sentido, a organização “Religious Institute on Sexual Morality, Justice, and Healing”, também nos Estados Unidos, defende proposta de educação sexual voltada para pastores e sacerdotes. Há reações desfavoráveis de dirigentes conservadores de seminários batistas, alegando discordância da ideologia “não bíblica” da proposta.

Seja por qual motivo for, é importante tratarmos o assunto em nossas escolas de maneira diferente daquela que apenas “ensina” candidatos a pastor, o que seria certo ou errado em termos de sexualidade, a partir de interpretação popular (ou como preferem outros, interpretação literal) de versículos isolados e descontextualizados da Bíblia, sem estudar a fundo a forma como lidamos com a própria sexualidade, o conteúdo e pressupostos dos nossos ensinos e as motivações dos posicionamentos político-sexuais que adotamos.

Depois de ler a Bíblia de capa a capa, pesquisando atentamente a questão da sexualidade, e de refletir sobre a forma passional como alguns pastores reagem à ordenação feminina ou aos direitos civis dos homossexuais, concluí que, para entendermos tais reações, mais do que prestar atenção em seus discursos “bíblicos” ou na corrente teológica do seminário onde estudou, é fundamental compreender a cultura na qual sua educação sexual foi construída.

Sendo assim, se desejo entender o porquê do meu pastor reagir como reage a temas da sexualidade, devo esquecer seu título e lembrar de que nem sempre ele se escondeu atrás de um belo paletó e gravata ou de um bonito discurso previamente elaborado. Como qualquer garoto, ele cresceu entre meninos que, como a maioria absoluta, não recebeu adequada educação sexual – no sentido técnico do termo - seja em casa, na escola e muito menos na igreja.

Como todo menino, quase 100% do que aprendeu e sentiu a respeito do assunto, é fruto da convivência com seus pares de infância. Ele não só teve seus colegas como “facilitadores” para aprender como poderia lidar com o próprio sexo, como deveria lidar com o sexo oposto e outras questões sexuais, mas sentiu na pele toda a pressão vinda do grupo para provar um tipo patriarcal de masculinidade.

Nesse sentido, a leitura do livro “Corpos, prazeres e paixões. A cultura sexual no Brasil contemporâneo”, (Richard G. Parker, Editora Best Seller, 1991), especialmente as páginas 89 a 97, levou-me a fazer conexões e clareou um pouco mais as dificuldades pastorais no trato do assunto sexo e sexualidade. Segundo o autor, a estruturação da experiência na vida sexual no Brasil contemporâneo foi influenciada pela tradição patriarcal, pela linguagem do corpo e pelo sistema de classificação sexual, tópicos devidamente esclarecidos por ele.

Tal estruturação não seria aprendida imediata e completamente. É resultado de interiorização gradual, “através de um complexo processo de socialização que se inicia nos primeiros momentos da infância”.

Reconhecendo que a responsabilidade pelo cuidado e educação das crianças é, inicialmente e em grande parte, de responsabilidade feminina, o autor demonstra como, até certa idade, a criança é influenciada pela mulher, que domina o lar, e, depois, pelos homens, que dominam o mundo fora do lar.

Como até certa idade a relação de meninas e meninos é fortemente influenciada pela presença feminina, faz-se necessário, por uma questão de definição de identidade, que a distinção de gêneros seja feita muito precocemente. Assim, a identidade das meninas, especialmente em termos de passividade e submissão, é assegurada pela continuidade da relação com a mãe, em casa, bem como pelas visíveis alterações pelas quais passam seus corpos, enquanto a dos meninos é mais complicada pela descontinuidade do processo.

Segundo o autor, “ameaçado desde o princípio por uma associação muito íntima com o domínio feminino, a virilidade e atividade que são marcas principais da masculinidade na vida brasileira precisam ser construídas, erigidas a partir do grupo e atravessar um processo de masculinização capaz de quebrar os laços iniciais do menino com as mulheres e transformá-lo em homem”.

Enquanto as meninas experimentam um processo de orientação mais forte dentro de casa, exceto a partir da menstruação, “existe um forte sentido (embora nem sempre explicitamente afirmado) da parte dos pais, de que o caminho mais adequado para seus filhos tomarem é o de se afastarem cada vez mais desse domínio feminino”. Isso lança luzes sobre a luta de alguns pastores no sentido de defender tão fervorosamente o domínio “bíblico” masculino sobre as mulheres na igreja e de resistir à atuação delas em funções de autoridade.

Pelo mesmo pressuposto entendemos a reação passional de alguns pastores às questões de direitos civis homossexuais. Observe que me refiro aqui à reação emocional que toma conta de alguns no trato do assunto, sem emitir juízo de valor, por qualquer ângulo, sobre a questão homossexual.

Isso reforça a importância de incluirmos, na educação ministerial dos pastores, uma profunda reflexão sobre o processo informal, eficaz, porém nocivo, de educação sexual a que foi submetido em sua infância. Tal reflexão o ajudará a entender o sentido de sua masculinidade, o trato do próprio sexo, sua relação com o sexo oposto, sua reação a questões civis relacionadas a homossexuais e também a influência daquilo que nele foi introjetado culturalmente, na leitura que faz dos textos bíblicos.

A superação dos paradigmas estabelecidos em sua mente e coração dificilmente será alcançada em seus estudos teológicos, nos quais a condução do pensamento está nas mãos de professores – homem em sua maioria - que, como os candidatos a pastores, também tiveram “educação sexual” eficazmente construída “nas ruas” e não em sala de jantar ou de aula.

Portanto, se quisermos entender a posição dos pastores em relação a questões de gênero, reprodução ou erotismo, mais importante do que prestar atenção às escolas onde estudaram teologia, aos livros que leu sobre o assunto ou títulos acadêmicos que ostentam, seria descobrir como se deu sua transição de saída do domínio do mundo feminino para o domínio do mundo masculino, através de suas relações sociais a partir do quinto ano de vida, aproximadamente.

Isso talvez devesse ocorrer sob a facilitação de um profissional de psicologia, não de ética, porque a insegurança para falar do assunto, especialmente dessa fase de nossa infância, não é um privilégio de alguns, mas de todos que fomos criados numa cultura religiosa em que sexo e diabo são sinônimos. O problema é que a psicologia tem sido “demonizada” pelo fundamentalismo que “anda ao redor rugindo e procurando a quem possa devorar” e prejudicada por idéias como: “enquanto Freud explica, o diabo da um toque” cantada por Raul Seixas.

Estou convencido de que, no processo de construção do conhecimento do assunto em pauta, seria muito importante que a visão de sexo e sexualidade presente na cultura brasileira e na cultura dominante nos tempos bíblicos fosse estudada criticamente à luz de princípios universais. Isso ajudaria os novos pastores a tratarem o assunto de maneira menos passional, injusta e preconceituosa, como aprendemos entre “coleguinhas” mais velhos, na infância.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Fotos do 5° ConBato

Confira abaixo (no link) as fotos do 5° ConBato, em Palmas.

O álbum estará sendo acrescido de mais fotos à medida que as programações forem ocorrendo.

http://www.4shared.com/dir/14420018/4e029c19/ConBato.html

PIB de Araguaína no 5° ConBato

5° ConBato

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A Mentira

(Recebido por email - autor desconhecido)

Mentir é falar ou dizer algo contrário à verdade; é a expressão e manifestação contrária ao que alguém sabe, crê ou pensa. Pode-se crer na mentira, falar mentira e praticar a mentira. É o engano em seus diferentes aspectos; nocivo ao ser humano e ofensa grave diante de Deus. O diabo é o pai da mentira (João 8:44) e, portanto, a mentira é um instrumento diabólico que o homem usa para sua própria perdição. O mais triste é que o homem ama a mentira, não ama a verdade pois ele é mau por natureza (Romanos 1:25; Apocalipse 22:15).

A juventude, em termos gerais, está sendo arrastada à perdição eterna pelo prazer transitório da inclinação à droga, sexo, etc. Tudo não passa de uma grande mentira; é enganoso, anormal, trazendo prejuízos físicos, morais e espirituais. Tais coisas podem ser definidas como praticar a mentira. Esta prática abrange os mais variados aspectos da mentira como idolatria, homicídio, adultério, fornicação, cobiça, etc.

Falar mentira é um mal muito comum em todos os ambientes e esferas da vida. Algumas pessoas dizem que certas mentiras são benignas, mas isto não é correto. Toda mentira, pequena ou grande, é um instrumento do diabo, portanto é recomendável que o crente não se comprometa com coisa alguma que possa levá-lo a mentir. Todo verdadeiro crente deve tratar tudo de uma forma positiva; na verdade o seu falar deve ser "Sim, sim, Não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna" (Mt. 5:37).

Existe também a mentira doutrinária e a mentira teórica. O espírito do erro nega que Jesus Cristo veio em carne, nega que Cristo é Deus (I João 4:6). Esta é uma mentira doutrinária. A teoria da evolução é uma mentira teórica pois nega a criação, negando assim o Criador que é Deus. Há pessoas que crêem nessas mentiras, e haverá muitíssimos que irão crer na mentira por não terem dado crédito à verdade (II Tessalonicenses 2:10-12).

Quando Adão e Eva pecaram no Éden, o pecado entrou no ser humano; entrou a mentira, o mal e, consequentemente, a morte. "Porque o salário do pecado é a morte", mas graças a Deus que "o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm. 6:23). Portanto, ao homem agrada, por natureza, crer na mentira; agrada-lhe praticar a mentira e ele até mesmo ama a mentira. Repito, a mentira é prejuízo ao homem e, com todos os seus horrorosos aspectos, o degenera e o leva à perdição. O diabo com seu instrumental de mentira rouba, mata e destrói o homem. Está escrito: "O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir" (Jo. 10:10). O diabo lançou a sua mentira no mundo: "a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida" (I Jo. 2:16).

Devemos aborrecer a mentira, em qualquer forma que se apresente, e não nos esquecermos que o primeiro pecado grave, pecado de morte, registrado na igreja, foi uma mentira (Atos 5:1-11). Temos que amar a verdade, a qual está em nós, e estará para sempre (II João 1,2). Procuremos praticar a verdade em nossas vidas, crer na verdade, falar a verdade e amar a verdade. Cristo disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (Jo. 14:6). "Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros." (Ef. 4:25).

Fonte: www.otimismoemrede.com

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Mulher mata filho que não diz amém

Uma americana que interrompeu a alimentação do filho de um ano e quatro meses porque ele deixou de falar "amém" antes das refeições, admitiu a culpa na morte da criança, em Baltimore, no Estado de Maryland. Ria Ramkissoon, de 22 anos, faz parte de um culto chamado 1 Mind Ministries (Ministérios de uma mente, em tradução livre), cuja líder, Queen Antoinnette, havia ordenado em janeiro de 2007, que o bebê não fosse alimentado enquanto não dissesse "amém" antes das refeições. A criança morreu de inanição. Segundo os promotores do caso, os membros da seita diziam que o bebê estava possuído pelo demônio.

Ria foi condenada a 20 anos de prisão e a cinco de condicional, mas o juiz disse que ela terá a pena reduzida se aceitar testemunhar contra os membros da seita. O acordo para a redução da pena inclui que ela passará por um programa para se desligar do culto. Segundo os promotores, Ria ainda teria insistido que a Justiça concorde em reduzir sua pena se ela conseguir "ressuscitar o bebê".

"Isto foi algo que ela insistiu e é um claro indicativo de que ainda é vitima deste culto. E até que se desligue de sua influência, não pensará diferente", disse o advogado de Ramkissoon, Steven Silverman, em entrevista à uma rede de TV local. Segundo o jornal local Baltimore Sun, a promotora Julie Drake relatou que depois da morte do bebê, a líder da seita ordenou que ele fosse colocado em um sofá enquanto membros do culto rezavam ajoelhados e a mãe dançava em volta do corpo.

Uma semana após a morte, o corpo da criança foi embalado em um cobertor e transportado com o grupo dentro de uma mala para a Filadélfia. Segundo os relatos, a mãe teria rezado por mais de um ano ao lado do corpo da criança para que ela ressuscitasse. O corpo foi encontrado em abril de 2008.

"Deus é meu defensor", teria dito a líder da seita.

Fonte: BBC